Silenciar é dar voz à virtude, ao respeito, à
mudança.
A vida é corriqueira e
barulhenta, incansável e frenética, ansiosa e inquieta. Quase não permite a voz
do silêncio! Este, só se manifesta na pausa, fala pela ausência e se revela na
quietude.
Fazer silêncio não é tão simples.
Não basta não ouvir, não falar. Requer disciplina, despojamento, necessidade,
vontade!
Na quietude do silêncio é que as
vozes falam mais alto, bradam o quanto precisamos, devemos e ansiamos ouvir,
sentir: vozes de beleza e sabedoria, de conselho, de equidade, justiça,
respeito e amor. E mais: vozes de nossa própria essência do que somos, onde
estamos? Que fazemos e buscamos?
Alguns buscam o silêncio na
contemplação do mar, outros na montanha, outros ainda ouvindo música, orando, desfrutando
de uma leitura e, mesmo que com algum ruído à volta, a realização de tal feito
só é possível graças ao silêncio concomitante, que se busca e se concentra para
atingir tal feito.
As pessoas que não ouvem, aquelas
que têm surdez, mesmo vivendo em pleno estado de silêncio, despossuídas de
quaisquer ruídos exteriores, também encontram dificuldades de fazer silêncio.
Neste caso, não são vozes, ruídos e rumores que incomodam, mas tumultos,
algazarras, movimentos visuais constantes e intermitentes, além dos
pensamentos, das ideias e ainda, os zumbidos cerebrais, idênticos àquelas
moscas chatas em dias de chuva, que tiram o sossego.
Silêncio promove autoestima e
fortalece o autodomínio, além de moderar a língua, clarificar ideias e rever
valores! Ainda, bom companheiro: educa no equilíbrio entre o falar e o agir;
trabalha a humildade, desperta o conhecimento e molda o caráter. O produto
final é a sabedoria.
Por que não dizer então que o
silêncio fala? E como fala!
Virtude, respeito e mudança: Não tenha medo do silêncio!
Pela Inclusão e pela Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário