“Estamos em guerra com a
natureza e é preciso fazer as pazes” António Guterres
Escrevi em 2016 um artigo IDH E A FLORESTA questionando a falta de inclusão de um indicador
relativo ao meio ambiente como somatório ao IDH – Índice de Desenvolvimento
Humano. Questionamento esse porque não consigo separar qualidade de vida humana
se o planeta vai mal sob a ação humana na esfera ambiental.
Aqui no Brasil, por exemplo, é alarmante
os dados de desmatamento e destruição da floresta amazônica, que cresceu 9,5%
em relação a 2019, segundo os dados do INPE.
E não é que, em dezembro último, o
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - ao atualizar a
classificação do índice que mede a prosperidade dos países, incluiu no
somatório do IDH também o impacto sobre o meio ambiente, divulgando em conjunto
o novo indicador, o IDHP (Índice de
Desenvolvimento Humano Ajustado às Pressões Planetárias), sendo o IDH do
país mais duas variáveis: emissão de
gases de efeito estufa e quantidade de recursos naturais utilizados na produção.
É a primeira vez que são
divulgados em conjunto com novo indicador. Trata-se da maneira de aferir o
custo ambiental na qualidade de vida, uma vez que o desenvolvimento humano não
pode ser definido ignorando o meio ambiente.
Num contraste de riquezas e
bolsões de pobreza, o Brasil encontra-se no 84º lugar. Embora o IDH 0,765 seja
considerado alto, o Brasil perdeu cinco posições no ranking, passando do 79º (2018)
para o 84º lugar (2019), reflexo do atual governo no retrocesso na política
educacional, social e econômica.
Importante ressaltar que o
objetivo na divulgação do novo indicador é medir a pressão que países
desenvolvidos exercem sobre o meio ambiente. Até porque nos países mais
desenvolvidos, as políticas de maior renda e consumo são as que fazem maior
pressão sobre o meio ambiente, e que pode resultar na perda de posições no IDH
como forma de frear tais pressões climáticas.
Pela Inclusão e pela Vida.
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