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Deixa eu ser assim como sou,
Diferente, irreverente
olhar observador, questionador.
Com espírito encantado e sonhador,
fazendo o pouco, muitas vezes devagar
mas com empenho e avidez
não precisa acertar, basta experimentar
a travessia que se fez.
Sou assim, singular, como ninguém produziu
Simplesmente sou.
Vida revelou, natureza modelou
Artista divino esculpiu
Como desenhos nas nuvens, na areia,
que o vento teima carregar
desmancha, transforma e esculpe de novo
brincando sempre de sonhar.
Deixa eu gostar da vida
Como ela é, curtir com imaginação.
Eu sei dizer e quero viver
Hoje apenas, com tudo que vier.
Vou rodar, labutar e transformar
Contemplar a beleza sem par,
Você me aceitar do jeito que sou
Nosso limite há de estabelecer a comunhão.
Deixa que as coisas sejam como são!
A vida, coisa simples, o amor então, pura encarnação.
Porque forçar sacrifícios vãos
Se bastam apenas olhares e o encontro das mãos,
Num afago generoso e cúmplice onde, entrelaçadas e estendidas
se projetam em contemplação!
Ser plural eis a questão.
Pela Inclusão e pela Vida.
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