Não conhecia a árvore, nem sabia o seu gênero.
Dei de encontro com ela, quando já esparramada no
chão.
Serrada, retalhada, sangrando uma seiva
vermelho-sangue,
Brilhante, chocante, de cortar o coração!
Por qual motivo? Por que razão?
Olhando ao redor, não encontrei ninguém,
Que pudesse explicar, ao menos apontar,
Seu assassino, ainda com a arma na mão...
No tronco serrado e enfileirado, a aparência jovem
estampando,
Nenhum sinal de praga ou qualquer outro mal.
Na flor da idade, nossa vida sombreando, o ar refrescando,
Por quê então, destino insano e cruel?
Como não reagir diante de uma cena tão atroz?
Que corrompe sentimentos mais profundos...
Ao olhar o sangue sulcando por aqueles veios,
Tingindo de dor e morte, tão nobre lenho!
Um silêncio inquieto então brotou,
E uma imagem em minha mente se acendeu,
Aquele sangue que pujante escorria, mais parecia
Tão o sangue que na Cruz, Cristo verteu...
Pela Inclusão e pela Vida!
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