PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sábado, 14 de junho de 2014

A ARMADURA E O CARTÃO


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Não vou generalizar para a quantidade da falta de respeito que já se viu antes e por ocasião da abertura desta Copa. Esse assunto está dando pano para muitas mangas.

O comentário da vez é o tão falado ‘exoesqueleto’, que tanto se propagou e ninguém viu. Eu nem vi porque pensei que fosse acontecer no início do jogo, aquele momento tão especial e vibrante do toque inicial da partida, que até achei a ideia máxima. Com esse pensamento fui fazer as pipocas e quando voltei...  

Creio que faltou mais respeito não só pela ideia do invento, muito mais pela pessoa daquele rapaz que se preparou psíquica e emocionalmente para um evento do porte de uma abertura de Copa e passou como que despercebido. Muito lamentável.

Considero-me suspeita para comentar o desempenho da tal ‘armadura’ como função de mobilidade para as pessoas com tetraplegia. Semana passada vi uma matéria na Folha de São Paulo sobre alguns relatos de pessoas com deficiência física que são favoráveis ao invento, outras, contrárias. Cada qual com sua parcela de verdade, que acredito terem fundamento quando se busca uma melhor autonomia e liberdade de locomoção e ainda, avaliando os perigos que possam surgir quando se está diante de um invento robótico e não ‘de carne’. Se formos avaliar as preferências dos cadeirantes, a maioria ali citada escolheria o projeto das células tronco, por se apresentar menos agressivo ao organismo, ao menos visivelmente.

Vejo então que é tudo uma questão de tempo, de ajustes e de melhor estudo a favor da mobilidade e da qualidade de vida às pessoas com deficiência física.

Falando em armadura, fiquei pensando com meus botões em como os cientistas e inventores, com tanta tecnologia disponível, são capazes de fazer essa geringonça funcionar com o pensamento da pessoa apenas, mesmo que num leve movimento, e ainda ninguém inventou uma forma tecnológica que permite a uma pessoa surda desbloquear o cartão de crédito sem maiores dificuldades.

Toda vez que isto acontece comigo é um tormento, isto porque não há como efetuar o desbloqueio pelo terminal eletrônico que, segundo dizem, pode incorrer em fraude. Daí tenho necessidade de que alguém de confiança faça-o por mim pelo telefone, e aí quem está incorrendo na fraude sou eu, ao passar por alguém que não sou! Mas que outra alternativa tem???

E soube que, nesta recente operação efetuada, quem estava do outro lado da linha não era nada mais do que um robô, que desbloqueou tudo automaticamente com os dados fornecidos, sem necessidade de atendente. Olha só! Não poderia ser assim num atendimento eletrônico rápido, presencial e facilitador?

Bem, esses humanos e suas tecnologias de ponta... Quem os entende?




Pela Inclusão e pela Vida.




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