Logo pela manhã aquele andar apressado denunciava que seguia o caminho do trabalho. Antes deveria deixar a criança na escolinha, ela que estava munida de uniforme e malinha.
Uma cena cotidiana.
Apenas um detalhe... O colinho era de pai.
A menina de cachinhos encaracolados dormia de chupeta e apoiada sobre a fraldinha em seu ombro. Nem aquele andar desajeitado de pai que carrega filho dormindo era capaz de acordá-la, e os solavancos balançavam os cachinhos na cadência daqueles passos largos.
Que figura enternecedora aquela que se postou à minha frente logo cedo, na praça! Segui-os por alguns metros apenas, até que atravessaram a rua e se foram...
Quantas vezes o mais comum é o colo da mãe, aquele aconchegante, firme, macio, ajeitado e decidido, certeiro. O colo de pai pode passar longe de tudo isso, mas é o mais cuidadoso. Os pais que o digam.
Atesto e confirmo que, como usuária de colo que fui um dia, adorava o colo de meu pai, tão carinhoso e zeloso, como se fosse ontem. Não sei se houve maior desvelo por ser a filha, mas pelo que me lembro de ver meus irmãos sob seu colo, o carinho era igual.
Uma sensação boa logo brotou ao analisar aquela cena e trazer as lembranças à memória: além do pai, temos um colo do Pai do Céu inteirinho à nossa disposição, para todas as horas e momentos, sejam alegres ou tristes. É o colo onde podemos repousar tranquilamente, mesmo sob os solavancos da vida, com a certeza de que Ele nos carrega para um caminho bom e quer o melhor para nós.
Busque este colo em sua vida!
Pela Inclusão e pela Vida.
Pela Inclusão e pela Vida.
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