PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

domingo, 29 de outubro de 2017

FALANDO SOBRE O BULLYING NA MISSA



Participei de uma celebração da missa com crianças na semana retrasada, onde foi possível constatar a criatividade e preocupação do celebrante ao abordar o assunto bullying diante da igreja repleta de crianças e suas famílias.
De início, projetado num telão à frente do altar, estava a figura em quadrinhos sobre três crianças em sala de aula, sendo que duas delas caçoavam de uma terceira que escrevia no quadro negro. Alguém pregara em suas costas um cartaz “quatro zóio”, alusão aos óculos de lentes grossas de que aquela criança se utilizava, daí o motivo da chacota. Um convite foi dirigido então às crianças para que se manifestassem a respeito daquela figura, bem como de outros fatos do dia a dia, que provocam humilhação e intimidação, que machucam e geram exclusão.
Mais adiante, com a leitura do evangelho de Lucas, na passagem que conta o encontro de Jesus com Zaqueu, um cobrador de impostos (Lc 19, 1-10), o celebrante apresentou para as crianças uma assimilação entre o assunto discutido inicialmente à luz daquele evangelho. Zaqueu era um homem miúdo em estatura e de baixa reputação por ser um fraudador de valores. Mesmo nessa condição ele queria ver quem era Jesus, dada a sua fama, que corria de boca a boca. Para esse fim subiu numa árvore. Jesus encontrou com ele e pediu que descesse da árvore, numa alusão a descer do pedestal, abandonando tudo que não é digno e bom. A proposta de Jesus provocou em Zaqueu uma disposição enorme de mudar de vida e restituir tudo o que já havia subtraído das pessoas do seu convívio. Ele sentiu-se amado, porque Jesus usou de misericórdia com ele. E quem se sente amado, tem inclinação para amar também.
O colóquio acima foi muito enriquecedor tanto para as crianças como para os pais e quem participasse da celebração. Muitas delas levantavam as mãos em sinal de interesse e participação, seja para perguntar ou para completar a mensagem que lhes era transmitida.
Ser misericordioso, respeitar os amigos e a família, ser honesto com os valores monetários e permitir que Jesus entre em nossa vida e a transforme, foram os indicadores apresentados para serem vividos no dia a dia, como uma continuação da missa, de modo a fomentar a inclusão entre as pessoas.

A Missa também ensina e educa.

(Postagem publicada em novembro/2016)


Pela Inclusão e pela Vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário