PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

REALIDADE DE CADA DIA






Li recentemente um artigo sobre números de pessoas com deficiência – PcD - que vivem na China. Os dados apontavam uma cifra que beira 85 milhões de pessoas (quase a população da Alemanha inteira), ou seja, um percentual de 6% sobre um bilhão e trezentos e tantos habitantes daquela república.

Impressionada com os números, fui pesquisar mais detalhes. Encontrei um site que conta cronometricamente, segundo a segundo uma população que cresce sem parar, bem como os nascidos no dia, os falecidos e etc.

No exato instante em que pesquisava a contagem, às 17:45 de hoje, os números indicavam 1.386.219.542 habitantes; 34.655 nascidos e 14.850 falecidos no dia! No minuto seguinte, já eram outros os indicadores. Surpreendente!

Porém, o que chamou minha atenção naquele artigo não foram precisamente os números, mas a exclusão de PcD que ocorre por lá, onde a grande maioria vive em internatos e orfanatos (por uma vida inteira), ali deixados pelas famílias que não tem como cuidar de seus “inúteis” - como são chamados por lá.

Sob os cuidados de religiosas, crescem e aprender a sobreviver, formando assim uma família de tantos excluídos, lá onde o governo prefere investir na construção de mais e mais orfanatos ao invés de financiar políticas públicas que viabilizem cada família cuidar de suas próprias PcD, o melhor caminho para incluir.



Do lado de cá, não menos chocante, a notícia é o número de PcDs que estão dando entrada no Projeto Redenção da Prefeitura de São Paulo, que visa recuperar viciados em drogas provenientes da Cracolândia. Ainda não há números definidos, mas técnicos do projeto apontam uma média de cinco pessoas/dia entre cadeirantes, surdos e deficientes intelectuais que dão entrada em busca de cuidados.

Realidades nossas de cada dia que chocam, mas que faz pensar e reagir. A luta pela inclusão é contínua e pede gestos solidários, humanitários e não somente políticas públicas.




Pela Inclusão e pela Vida.




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