Li recentemente um artigo sobre
números de pessoas com deficiência – PcD - que vivem na China. Os dados
apontavam uma cifra que beira 85 milhões de pessoas (quase a população da
Alemanha inteira), ou seja, um percentual de 6% sobre um bilhão e trezentos e
tantos habitantes daquela república.
Impressionada com os números,
fui pesquisar mais detalhes. Encontrei um site que conta cronometricamente,
segundo a segundo uma população que cresce sem parar, bem como os nascidos no
dia, os falecidos e etc.
No exato instante em que
pesquisava a contagem, às 17:45 de hoje, os números indicavam 1.386.219.542
habitantes; 34.655 nascidos e 14.850 falecidos no dia! No minuto seguinte, já
eram outros os indicadores. Surpreendente!
Porém, o que chamou minha
atenção naquele artigo não foram precisamente os números, mas a exclusão de PcD
que ocorre por lá, onde a grande maioria vive em internatos e orfanatos (por uma vida
inteira), ali deixados pelas famílias que não tem como cuidar de seus “inúteis”
- como são chamados por lá.
Sob os cuidados de religiosas,
crescem e aprender a sobreviver, formando assim uma família de tantos excluídos,
lá onde o governo prefere investir na construção de mais e mais orfanatos ao
invés de financiar políticas públicas que viabilizem cada família cuidar de suas
próprias PcD, o melhor caminho para incluir.
Do lado de cá, não menos
chocante, a notícia é o número de PcDs que estão dando entrada no Projeto
Redenção da Prefeitura de São Paulo, que visa recuperar viciados em drogas
provenientes da Cracolândia. Ainda não há números definidos, mas técnicos do
projeto apontam uma média de cinco pessoas/dia entre cadeirantes, surdos e deficientes
intelectuais que dão entrada em busca de cuidados.
Realidades nossas de cada dia
que chocam, mas que faz pensar e reagir. A luta pela inclusão é contínua e pede
gestos solidários, humanitários e não somente políticas públicas.
Pela Inclusão e pela Vida.
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