PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

PRÓS E CONTRAS




Surpreendeu, assustou, motivou, confundiu, odiou foram as principais reações de quem prestou o ENEM no último domingo. Teve também mesmas reações quem apoia, trabalha, promove a causa no universo da deficiência auditiva/surdez. Eu dentro!

Positiva ou negativamente, o tema abordado: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” realmente foi um desafio para os estudantes. A maioria das pessoas ignora, desconhece e pouco sabe a respeito de surdez, senão uns poucos. Relatar o que então? Ademais, com tanta carência pelo país, nas políticas públicas voltadas a essa parcela da população desde o ensino infantil ao superior, duvido da segurança na montagem da redação, pois ninguém vai dizer o que não conhece!

Não, não estou sendo pessimista. Muito menos fechando o cerco às críticas somente. Apenas outro olhar, outras facetas que o caso encerra. Sim, o tema surpreendeu e achei positivo o hastear dessa bandeira, enquanto disseminação de ideias e conceitos atinentes à surdez, esse universo amplo e ainda desconhecido até porque surdez é mais desconhecida do que Libras! Pasmem.

Prova disso, quem é que consegue se comunicar no dia a dia, ao se encontrar com uma pessoa surda no ônibus, na rua, na empresa, seja ela oralizada, usuária de Libras ou implantada? Se não consegue, o que tem feito para que essa comunicação aproxime e aconteça? Fala rápida, mímica, bilhetinhos, zap e etc. É uma pergunta simples que demanda uma resposta simples também. Mas que a realidade não tem manifestado respostas às nossas questões e necessidades, com tanta falta de acessibilidade que possibilite nos tornarmos plenos em nossas necessidades pessoais e coletivas.

Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil comporta assumir na prática políticas públicas voltadas à formação educacional plena promotora de direitos e habilidades, a reabilitação, o respeito à cultura da diversidade do universo surdo que permita à pessoa surda escolher para si o melhor caminho promotor de igualdade e cidadania.

Rubem Alves batia muito nesta tecla: “Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir”... Parafraseando o Rubem, hoje penso: Todo mundo quer aprender Libras, poucos querem vestir a camisa...



Pela Inclusão e pela Vida!





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