Quão difícil é pedir perdão. E
também perdoar!
Quantas vezes temos a sensação de
que o chão sumiu dos pés; que um aperto interior vai dominando até explodir,
vazar por não mais suportar diante do erro, da ofensa, do mal que se fez... E a
culpa que ficou, marca sem dó, num emaranhado difícil de lidar: Por que fiz
isso, por que não segurei... E não pedi perdão?
E ainda a dor da ofensa recebida,
frustração, a mágoa que ficou, a incompreensão. Por que assim? Por que justo
eu? Que fiz para merecer/desmerecer? A fossa que ficou???
Quão pesado fica este cenário
projetando mal-estar entre atores no espetáculo da vida! Interrogações,
acusações, ofensas e mágoas, ladeira abaixo. Como num quarto escuro, sem nenhum
feixe de luz. Ou num elevador lotado, de insuficiente ventilação, tudo se torna
completamente pesado, crucial!
Ar, luz, calma, serenidade.
Humildade, reflexão e oração são as medidas que se pode tomar, se se quiser
reencontrar os eixos e restabelecer as relações. E tempo. Quão sábio é o tempo,
senhor da razão!
Se difícil é pedir perdão, também
é perdoar. Mas não impossível!
Perdoar é um caminho de
aprendizado a que todo ser humano deve aderir, dada a nossa natureza egoísta,
limitada e mesquinha.
Por mais que doa e difícil seja,
precisamos dobrar nosso orgulho e chegar até o outro e pedir ou dar o perdão. É
abrir a mão, permitir que seja feliz, pois só é feliz quem dá e não retém para
si.
Só o perdão é capaz de trazer de
volta ao indivíduo o bem-estar, a alegria, a saúde e a serenidade de superar a
dor. Até porque a pessoa desistiu de conservá-la e escolheu chamar a paz de
volta ao coração.
Perdoar, um ato de Amor!
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