Reparte o pão com o
faminto” Is 58,7
Na fila da padaria, o
sujeito à minha frente pediu a mesma quantidade de pães que eu.
Depois, na fila do caixa
para quitar a comanda, dois jovens se postaram entre nós, não como quem fura a
fila, mas pelo movimento diverso da casa. Porém, nada que impedisse de ver o
que se sucedeu então.
Ao pagar seu pão, o
sujeito entregou um valor menor que a comanda indicava talvez mal anotado pela
balconista, e que estava sendo cobrado pelo caixa. Quarenta centavos!
O sujeito insistiu para
que o caixa abatesse aquele resíduo, que foi negado. Então aquele homem de
aspecto cansado, roupas impregnadas de graxa e suor da faina diária, apalpou os
bolsos e nada encontrou.
Pelo horário, deduzi que
aqueles pães seriam o próximo café da manhã, assim como eram os meus.
Descontente com aquela cobrança miúda, ele desvencilhou-se da pesada mochila às
costas, e sobre o chão, agachou-se à procura do trocado complementar.
Fila grande. Vários
olhares voltados àquela cena.
Mas o melhor de tudo,
foi a emoção do gesto com que um dos jovens à frente,
agiu rápido e quitou a conta do sujeito, antes mesmo que ele pudesse perceber,
devolvendo-lhe o seu pão, o sagrado pão daquele dia.
De bons samaritanos
simples assim, o mundo precisa!
Pela Inclusão e pela
Vida!
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