Alguns meses intercalam
A pausa relativa, necessária.
Separação inevitável, num compasso
De espaços que ora se esvaziam,
E na sequência, preenchem-se
De diferenças que transparecem.
São intervalos, entremeios...
Florida, colorida e perfumada,
Primavera se revela.
Como energia carregando vidas,
Manhãs frias, tardes mornas,
Promotoras de encontros e
Falas mansas, cochichos, alegria.
Que dá gosto todo dia,
Deixar ficar e aconchegar.
Nesse intervalo a natureza se faz...
E eu, que faço? Sou abraço?
Imponente e sorrateiro
Vai chegando sem aviso nem licença,
Verão alegre e envolvente.
No despertar preguiçoso, mas contente,
De ver gente e mais gente
Separada se encontrar.
Segredando saudades e emoções
Tecendo relações e
Tricotando bela rede de paz, que bem faz!
Nesse intervalo, comunhão...
Sou ponte ou segregação?
Outono, és romântico com teus ventos,
Balançando galhos, desgarrando folhas
Agitando troncos que encontras pela frente
Em cadência de brisa e ventania.
Que vai sibilando, depois silenciando,
Revelando doces frutas escondidas
Alegria de crianças e aves estridentes.
Nesse intervalo, acolhimento...
Reencantamento?
Tão misterioso, ó inverno,
Natureza inerte e sombria.
Quão imóvel ficas, evocando tristezas?
Não, mas descanso!
Terra em recuperação,
Raiz em dormência para um renascimento,
Vida quer explosão e revigoramento
Irrompendo em floração
Na seguinte estação.
Nesse intervalo... silêncios, recuos...
Que anseiam pela reaproximação!
Nas estações que se revezam, se encontram,
Também nos encontramos
A cada vez...
O que vivemos e falamos, segredamos?
Felicidade, emoção
Humildade e perdão,
Façam de ti, ó coração
Do amor, a estação!
FELIZ PRIMAVERA NA VIDA E NO CORAÇÃO!
Pela Inclusão e pela Vida.
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