A semana que se passou teve notícias
bombásticas no cenário nacional e internacional, olho do furacão até!
Do lado da inclusão, três fatos
distintos observei. Apenas um deles presenciei, suficiente para analisar os
outros dois, e opostos.
Sim, opostos! Até porque a
missão da inclusão é trabalhar as diferenças, aparar as arestas, perenizar os
paradigmas da igualdade e trabalhar por ideias, conceitos e ações de equidade
entre as pessoas, a comunidade, a família enfim, o mundo que nos rodeia.
Primeiro
fato – Uma celebração da missa dominical com crianças, de várias
idades e cores. Entre elas, um garoto Down: participativo, falante, inquieto,
dedicado e amoroso, muito amoroso.
Já falei dele aqui no blog, “Um Down que é Up”. E fico admirada com a espontaneidade com que ele vem se inserindo na igreja,
tão participativo com toda sua limitação própria! E que vai cativando, fazendo
as pessoas pensar e rever seus conceitos. Colírio para os olhos e alegria para o
coração!
Segundo
fato – Numa escola municipal de Belo Horizonte, a turminha saiu a
passeio para o cinema. Deveria ter sido uma farra das boas: a algazarra no
ônibus fretado; o filme esperado, a pipoca ou então um lanchinho diferente,
enfim, sair em companhia dos colegas fora dos muros da escola. Diversão boa e
prazerosa que merece ser repetida... Mas será que foi? Só quem foi é que pode
responder.
O que sei é que faltou alguém
da turma, como muitos ficamos sabendo depois. “Faltou” não seria a palavra correta.
Diga-se: Privaram um aluno de participar do passeio também!
Foi
um alguém que não quiseram levar mesmo!!! Um garoto de nove anos,
com paralisia cerebral e usuário de cadeira de rodas e excluído do seu direito
humano de ir e vir e socializar-se pelo divertimento em convívio aos demais,
ele tão igual!
Que
diretor é esse? Que professora é essa? Que pais de alunos são esses que
permitem tal atitude desigual, excludente, desumana e humilhante?
- ...
Terceiro
fato – Associações e entidades nacionais de luta pelos direitos de
pessoas com deficiência se manifestaram em repúdio às recentes ações do governo
federal que ameaçam os direitos humanos das PcD contidos na LBI, a Lei
Brasileira de Inclusão, lei federal 13.146/2015, também conhecida como Estatuto
da Pessoa com Deficiência e que enseja, em seu bojo, a implantação da Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006. Esse
texto tem status de Emenda Constitucional no País desde 2009.
Direitos ameaçados: limitação
da pensão por morte de familiares com deficiência; restrição da aposentadoria
PCd advinda da Lei Complementar 142/13; terceirização como fator de não
cumprimento da lei de cotas (aprovada pela reforma Trabalhista); critérios de
avaliação das deficiências para reconhecimento de direitos, dentre outros.
O texto na íntegra pode ser
conferido acessando o link abaixo:
Confira também:
Que semana... Que seja
Pela Inclusão e pela Vida!
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