PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sábado, 16 de setembro de 2017

IDAS E VINDAS, RETROCESSOS






A semana que se passou teve notícias bombásticas no cenário nacional e internacional, olho do furacão até!

Do lado da inclusão, três fatos distintos observei. Apenas um deles presenciei, suficiente para analisar os outros dois, e opostos.

Sim, opostos! Até porque a missão da inclusão é trabalhar as diferenças, aparar as arestas, perenizar os paradigmas da igualdade e trabalhar por ideias, conceitos e ações de equidade entre as pessoas, a comunidade, a família enfim, o mundo que nos rodeia.

Primeiro fato – Uma celebração da missa dominical com crianças, de várias idades e cores. Entre elas, um garoto Down: participativo, falante, inquieto, dedicado e amoroso, muito amoroso.

Já falei dele aqui no blog, Um Down que é Up”. E fico admirada com a espontaneidade com que ele vem se inserindo na igreja, tão participativo com toda sua limitação própria! E que vai cativando, fazendo as pessoas pensar e rever seus conceitos. Colírio para os olhos e alegria para o coração!

Segundo fato – Numa escola municipal de Belo Horizonte, a turminha saiu a passeio para o cinema. Deveria ter sido uma farra das boas: a algazarra no ônibus fretado; o filme esperado, a pipoca ou então um lanchinho diferente, enfim, sair em companhia dos colegas fora dos muros da escola. Diversão boa e prazerosa que merece ser repetida... Mas será que foi? Só quem foi é que pode responder.

O que sei é que faltou alguém da turma, como muitos ficamos sabendo depois. “Faltou” não seria a palavra correta. Diga-se: Privaram um aluno de participar do passeio também!

Foi um alguém que não quiseram levar mesmo!!! Um garoto de nove anos, com paralisia cerebral e usuário de cadeira de rodas e excluído do seu direito humano de ir e vir e socializar-se pelo divertimento em convívio aos demais, ele tão igual!

Que diretor é esse? Que professora é essa? Que pais de alunos são esses que permitem tal atitude desigual, excludente, desumana e humilhante?

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Terceiro fato – Associações e entidades nacionais de luta pelos direitos de pessoas com deficiência se manifestaram em repúdio às recentes ações do governo federal que ameaçam os direitos humanos das PcD contidos na LBI, a Lei Brasileira de Inclusão, lei federal 13.146/2015, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência e que enseja, em seu bojo, a implantação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006. Esse texto tem status de Emenda Constitucional no País desde 2009.

Direitos ameaçados: limitação da pensão por morte de familiares com deficiência; restrição da aposentadoria PCd advinda da Lei Complementar 142/13; terceirização como fator de não cumprimento da lei de cotas (aprovada pela reforma Trabalhista); critérios de avaliação das deficiências para reconhecimento de direitos, dentre outros.

O texto na íntegra pode ser conferido acessando o link abaixo:

Confira também:



Que semana... Que seja


Pela Inclusão e pela Vida!





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