Como uma goiabeira carregada de frutos é o amor!
Não sei se as pessoas reparam. Sei que todos veem quando a goiabeira está carregada – branca ou vermelha – e atiram pedras ou cutucam os galhos na intenção de satisfazer o desejo. Goiaba colhida no pé é muito melhor que comprada na feira: mais firme e doce, não sofre o sacolejo do transporte e o sabor permanece inalterado.
Uma goiabada então...
A fruta é rica em vitamina C. Doce e suculenta, mesmo com o inconveniente dos bichos que a acompanham sempre, é a fruta da infância. Criança não pode ver uma fruta no pé que logo se mete pelos galhos à procura das melhores. Costumes que trazemos de nossas avós ensinam que o chá das folhas, em bochechos, combate irritações da garganta e também é muito poderoso no alívio da diarreia.
Originária da América tropical, nosso país é o maior produtor da fruta, o que explica a facilidade com que se pode avistar uma goiabeira em qualquer lugar, inclusive brotando pelas calçadas, a cada esquina.
E como disse de início, não sei se as pessoas reparam... O simples fato de ver a árvore carregada de frutos já atiça o desejo; o desejo atiçado por sua vez aciona o mecanismo da busca e, por conseguinte, se completa na satisfação do desejo.
Quando digo reparar, refiro-me a ‘ter a atenção despertada para’ a beleza e o significado de uma árvore tão comum ao nosso meio que, na maioria das vezes, floresceu por si só, sem mesmo ter sido plantada ou cultivada e que, pela força e teimosia da semente, vingou e se impôs. E a seu tempo, generosamente, indistintamente, oferece seus frutos ora belos e robustos, ora mirrados a todos os passantes.
Falar então do amor e usar uma linguagem simples, diria que ele é semelhante a uma goiabeira carregada de frutos: livre e sem reservas, sem domínio nem cobranças. Requer apenas o respeito ao seu tempo e seu espaço de ser árvore que a cada floração anseia que cada broto seja mais que fruto, seja doação.
Pela Inclusão e pela Vida.
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