Doze dias de competições do Parapan-Americanos em Lima, no Peru, envolvendo milhares de pessoas com
múltiplas deficiências da América Latina, foram mais que suficientes para
emocionar e tocar a todos nós, simples mortais.
Trezentas e oito medalhas foram
trazidas para casa por nossos aguerridos atletas, com a maior delegação já
representada e que conquistou a primeira classificação com alegria e
merecimento.
As motivações foram tantas. E
pensar que todos esses atletas não buscaram em nenhum momento serem vistos
pelos esforços que travaram nas adversidades, muito mais pelos resultados que
alcançaram correndo atrás da meta com coragem, empenho e ousadia. Esporte
também se faz com fé, garra e amor. Que motivação maior?
Vislumbrando todo o panorama que
se descortinou a nossos olhos, há lições que todos podemos aprender e, se quisermos,
seguir adiante:
Primeira
lição: Não somos perfeitos
A perfeição só pertence a Deus. E nossas imperfeições - sejam elas físicas,
emocionais, psicológicas e espirituais - devem ser vistas como degraus, um a
um, que nos levam a querer ser pessoas melhores, abertas e motivadas para a
vida.
Segunda
lição: Não somos coitados
O sinônimo de coitado é
desgraçado. Ora, é um termo muito forte para se referir a determinadas situações
na vida. Claro, os problemas nos acompanham, as dificuldades fazem parte do dia
a dia, onde tudo é relativo e passageiro. Mas falar em des-graça dá uma
conotação de pessimismo, de negativismo de quem não aprendeu a apreciar e amar
a vida em seus altos e baixos.
Terceira
lição: Todos somos capazes
Capacidade é uma palavra forte e
bonita, quem sabe fazer bom uso dela aprendeu que ela é inata ao ser humano,
inerente à nossa natureza. Que não apenas sabe aplicá-la na vida, como também
passa adiante como um valor criativo e operoso. A capacidade está sempre nos
questionando: Do que sou capaz? O que pretendo alcançar? Como chegar lá? Com
que meios posso contar?
Quarta
lição: Superação deve ser a meta
Partindo do princípio de que para
todo problema sempre há uma solução, também nas adversidades há sempre uma
porta de saída. Ora, encontrar a saída é o meio de transformar o estado em que
se encontra. Pessoas que sabem enxergar as dificuldades e as limitações não
como uma situação limite, mas descobrem nela mecanismos em que há uma mola
propulsora, impulsionando de uma situação desfavorável para outra favorável. A
humildade e a serenidade são ferramentas importantes nessa transformação.
Quinta
lição: Mudar os paradigmas
A começar por nossos conceitos
arraigados, estereotipados e discriminatórios em relação às pessoas de cor,
condição, credo, cultura, opção ou situação. Ninguém é melhor do que ninguém. Respeitar
e conviver juntos comporta alterar nossos modelos de linguajem, do uso da
escrita e do pensamento, da ideologia em favor de uma convivência pacífica e
respeitosa, torna o mundo muito melhor, mais plural.
Sexta
lição: Ser feliz com o que se é
Sonho, desempenho, esforço... Objetivo
alcançado!
“Quem sabe faz a hora. Não espera
acontecer...”
Pela Inclusão e pela Vida!
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