PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

308 MEDALHAS




Doze dias de competições do  Parapan-Americanos  em  Lima, no  Peru,   envolvendo milhares de pessoas com múltiplas deficiências  da América Latina, foram mais que suficientes para emocionar e tocar a todos nós, simples mortais.

Trezentas e oito medalhas foram trazidas para casa por nossos aguerridos atletas, com a maior delegação já representada e que conquistou a primeira classificação com alegria e merecimento.

As motivações foram tantas. E pensar que todos esses atletas não buscaram em nenhum momento serem vistos pelos esforços que travaram nas adversidades, muito mais pelos resultados que alcançaram correndo atrás da meta com coragem, empenho e ousadia. Esporte também se faz com fé, garra e amor. Que motivação maior?

Vislumbrando todo o panorama que se descortinou a nossos olhos, há lições que todos podemos aprender e, se quisermos, seguir adiante:

Primeira lição: Não somos perfeitos
A perfeição só pertence a Deus.  E nossas imperfeições - sejam elas físicas, emocionais, psicológicas e espirituais - devem ser vistas como degraus, um a um, que nos levam a querer ser pessoas melhores, abertas e motivadas para a vida.

Segunda lição: Não somos coitados
O sinônimo de coitado é desgraçado. Ora, é um termo muito forte para se referir a determinadas situações na vida. Claro, os problemas nos acompanham, as dificuldades fazem parte do dia a dia, onde tudo é relativo e passageiro. Mas falar em des-graça dá uma conotação de pessimismo, de negativismo de quem não aprendeu a apreciar e amar a vida em seus altos e baixos.

Terceira lição: Todos somos capazes
Capacidade é uma palavra forte e bonita, quem sabe fazer bom uso dela aprendeu que ela é inata ao ser humano, inerente à nossa natureza. Que não apenas sabe aplicá-la na vida, como também passa adiante como um valor criativo e operoso. A capacidade está sempre nos questionando: Do que sou capaz? O que pretendo alcançar? Como chegar lá? Com que meios posso contar?

Quarta lição: Superação deve ser a meta
Partindo do princípio de que para todo problema sempre há uma solução, também nas adversidades há sempre uma porta de saída. Ora, encontrar a saída é o meio de transformar o estado em que se encontra. Pessoas que sabem enxergar as dificuldades e as limitações não como uma situação limite, mas descobrem nela mecanismos em que há uma mola propulsora, impulsionando de uma situação desfavorável para outra favorável. A humildade e a serenidade são ferramentas importantes nessa transformação.

Quinta lição: Mudar os paradigmas
A começar por nossos conceitos arraigados, estereotipados e discriminatórios em relação às pessoas de cor, condição, credo, cultura, opção ou situação. Ninguém é melhor do que ninguém. Respeitar e conviver juntos comporta alterar nossos modelos de linguajem, do uso da escrita e do pensamento, da ideologia em favor de uma convivência pacífica e respeitosa, torna o mundo muito melhor, mais plural.

Sexta lição: Ser feliz com o que se é
Sonho, desempenho, esforço... Objetivo alcançado!
“Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer...”



Pela Inclusão e pela Vida!



Nenhum comentário:

Postar um comentário