Dizem que ela vem visitar-nos. Não acho!
Prefiro dizer que ela não é uma visita, mas
uma companheira tão real, tão presente: Ela, a morte!
Morte, todos a evitam, têm medo e não querem
encará-la. Como não encarar um fenômeno que é um fato tão comum, assim como a
própria vida?
Vivemos sob duas asas - a vida e a morte.
Se respiramos, nos movemos, rimos e choramos são sinais de que a vida em nós
habita, então, quando adoecemos fica evidente que a morte também está em nós e
não exteriormente. Ora, somos seres finitos e não há como fugir à
regra. A diferença está em como bem vivemos e aceitamos a realidade da morte em
nossa vida, pois cada um tem o seu tempo. O tempo de cada um não será aquele
quando a "dona morte" vier visitá-lo, mas quando ela se manifestar.
Os cabelos que vão embranquecendo, rugas que marcam a passagem do tempo, ossos que vão se curvando e articulações que se desgastam são provas naturais de que o corpo vai aos poucos morrendo até o ciclo ser completo. E quando a morte é provocada que até mesmo Deus não quer, mas que tem de aceitar...
Os cabelos que vão embranquecendo, rugas que marcam a passagem do tempo, ossos que vão se curvando e articulações que se desgastam são provas naturais de que o corpo vai aos poucos morrendo até o ciclo ser completo. E quando a morte é provocada que até mesmo Deus não quer, mas que tem de aceitar...
Como é difícil perder um ente querido. De imediato
ficamos assustados e sem reação, palavras ou atitudes. Aos poucos vamos
reconhecendo o terreno paralisante daquele momento doloroso e, com isso,
nossa ficha começa a cair fazendo com que, ao depararmo-nos com esta realidade
tão brutal, ficamos cientes de que, se quisermos continuar a caminhada, só
nos resta enfrentar a situação.
Inevitável não sofrer!
A vida e a morte são como um jogo de ganhar e
perder, parte do processo da existência humana, de todas as belezas como também
de todos os desastres que vão elaborando a maravilhosa história.
Apesar de toda dor e solidão pela qual passamos
neste momento, um olhar existencial sobre a morte deve levar-nos,
consequentemente, a um olhar transcendental da vida para além da mesma morte,
enquanto pessoas de fé. É só pela fé que podemos encontrar o conforto que
buscamos: a ressurreição do corpo. Ressurreição é a certeza dada por Jesus
Cristo. Ele que também enfrentou a morte e, vencendo-a pela
Ressurreição, não só prometeu como também inaugurou uma nova dimensão para
o existir humano, a vida plena e eterna.
"Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se
não fosse assim, eu lhes teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês. E
quando eu for e lhes tiver preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo,
para que onde eu estiver, estejam vocês também." João 14, 2-3
Assim é a vida, assim é a morte... Assim a
história!
Pela Inclusão e pela Vida.
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