PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

SEM EMBARQUE



Imagem: Google



Não sei ainda o real motivo que impediu um jovem com paralisia cerebral de viajar na semana passada de Campinas a Curitiba, pela empresa Azul de aviação.

Soube que aquela seria a primeira viagem de avião em companhia da família. Que trauma deve ter marcado não só o rapaz como também a mãe que, não se conformando com a cena ridícula, buscou por outra companhia para o mesmo trajeto.

Francamente, não entendo a que ponto chega o desconhecimento das pessoas, quando hoje muito se tem anunciado a implantação de medidas acessíveis, inclusive na aviação civil.

Vejo como um papelão o que a empresa cometeu. Pior, uma exclusão! Ademais tiveram a capacidade de anunciar, em nota, que a medida fora tomada em benefício do próprio deficiente e dos “demais passageiros”, como se ele fosse possuidor de uma moléstia altamente contagiosa, ou então qual um ET baixando a terra... Feriram o livre direito de ir e vir, o respeito a um ser humano dotado de igualdade de tratamento e consideração. Mesmo acompanhado e assistido pela família, o sujeito é detentor das mesmas prerrogativas com que a lei protege os demais cidadãos.

Para quem não sabe, a paralisia cerebral - dependendo do grau de comprometimento - provoca na pessoa uma série de rigidez muscular, tremores e espasmos involuntários, mas que não afetam a consciência. Muitas delas convivem normalmente com estas limitações, tanto para caminhar como para falar e se expressar. Nada que assustar ou escandalizar. São pessoas especiais, com suas diferenças!!!

Portanto, o desconhecimento dá margem a interpretações descabidas e à falta de iniciativas promotoras de inclusão. A tomada de pequenas e simples medidas através do diálogo e ciência dos fatos pode prevenir que novas situações venham a ocorrer, bem como gerar desconforto e humilhação.

Como se vê, a acessibilidade é uma bandeira que tem muita estrada pela frente. 

E merece todo nosso respeito!

  


Pela Inclusão e pela Vida.






Nenhum comentário:

Postar um comentário