Imagem: Google |
Não sei ainda o real motivo que
impediu um jovem com paralisia cerebral de viajar na semana passada de
Campinas a Curitiba, pela empresa Azul de aviação.
Soube que aquela seria a
primeira viagem de avião em companhia da família. Que trauma deve ter marcado não
só o rapaz como também a mãe que, não se conformando com a cena ridícula,
buscou por outra companhia para o mesmo trajeto.
Francamente, não entendo a que
ponto chega o desconhecimento das pessoas, quando hoje muito se tem anunciado a
implantação de medidas acessíveis, inclusive na aviação civil.
Vejo como um papelão o que a
empresa cometeu. Pior, uma exclusão! Ademais tiveram a capacidade de anunciar,
em nota, que a medida fora tomada em benefício do próprio deficiente e dos “demais
passageiros”, como se ele fosse possuidor de uma moléstia altamente contagiosa,
ou então qual um ET baixando a terra... Feriram o livre direito de ir e vir, o
respeito a um ser humano dotado de igualdade de tratamento e consideração.
Mesmo acompanhado e assistido pela família, o sujeito é detentor das mesmas
prerrogativas com que a lei protege os demais cidadãos.
Para quem não sabe, a paralisia
cerebral - dependendo do grau de comprometimento - provoca na pessoa uma série
de rigidez muscular, tremores e espasmos involuntários, mas que não afetam a
consciência. Muitas delas convivem normalmente com estas limitações, tanto para
caminhar como para falar e se expressar. Nada que assustar ou escandalizar. São
pessoas especiais, com suas diferenças!!!
Portanto, o desconhecimento dá
margem a interpretações descabidas e à falta de iniciativas promotoras de
inclusão. A tomada de pequenas e simples medidas através do diálogo e ciência dos
fatos pode prevenir que novas situações venham a ocorrer, bem como gerar
desconforto e humilhação.
Como se vê, a acessibilidade é
uma bandeira que tem muita estrada pela frente.
E merece todo nosso respeito!
Pela Inclusão e pela Vida.
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