Nesses tempos de Coronavírus, a
comunicação tem se tornado o maior desafio para quem tem surdez, seja para
entender o que é dito, como para se expressar.
São as máscaras.
E pensar que máscaras são obstáculos
que cerram toda e qualquer comunicação visual de quem é oralizado.
Se ao menos eu fosse sinalizada
por Libras, cujos sinais de mãos, braços, rosto e corpo evidenciam a mensagem
que se expressa. Mas sou oralizada e preciso ler nos lábios dos outros as
palavras, os recados, avisos, as mensagens enfim a comunicação que se completa
pela interação.
Sair na rua com elas para algumas
necessidades é uma situação de apreensão e insegurança. Apreensão pelo fato de
precisar ir ao mercado, à feira, à farmácia ante o perigo do contágio.
Insegurança quanto a necessidade de comunicação com as pessoas desses meios e
não poder me expressar direito e entender o que é dito, com aquele tecido
tapando todo o gestual.
Maior dificuldade, porém, está
nas áreas da saúde, onde ninguém quer tirar a máscara de jeito nenhum, tendo
que apelar para sinais, mímicas e bilhetes que minimizem a frustração pela
comunicação interrompida.
Como a vida não é feita só de
dificuldades, o jeito é apelar para a criatividade - usando braços, cabeça, os bilhetes, etc - e seguir em frente. Com
esperança e fé!
Pela Inclusão e pela Vida!
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