Falando em Hanseníase
Hanseníase é uma doença que provoca
feridas, esse termo marca profundamente a pessoa porque produz, além das feridas
de pele, outras na alma! O termo "lepra" e “leproso” caiu em desuso.
Diz-se Hanseníase porque a pessoa é acometida pelo mal de Hansen (o descobridor da moléstia), uma doença contagiosa que provoca inflamação e descamação na pele. Mas que, se descoberta precocemente, a doença não deixa sequelas, o tratamento é simples e feito em Unidade Básica de Saúde. Inclusive, se bem feito, a pessoa deixa de apresentar risco em curto espaço de tempo.
No Brasil a Hanseníase tem
aumentado significativamente. Dados do Ministério da Saúde apontam 31.044
novos casos no ano de 2013. Em 2014 foram identificados mais 24.600 casos no
Pará, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. Pesquisadores
costumam ligar a Hanseníase como doença da pobreza pelo baixo nível sócio
econômico de famílias; falta de saneamento básico e baixas condições de
higiene; desnutrição. Felizmente ela tem cura! Falta, porém,
a conscientização das pessoas e a persistência no
tratamento. E a exigência de políticas públicas governamentais que
favoreçam medidas de combate à pobreza através de educação, saúde, saneamento
básico gerando qualidade de vida para a população.
É importante a disseminação de
informações por parte também das igrejas, enquanto instrumentos de comunicação
de massa onde o assunto da hanseníase é abordado na liturgia. Paralelamente a
essas reflexões, ações concretas e esclarecedoras devem partir de seus
comunicadores engajados como forma de assimilar, divulgar e contribuir para
mudança de conceitos que as pessoas têm a respeito da hanseníase. Assim,
superando termos já ultrapassados, contribuam na disseminação de
informações sobre cuidados e prevenção, uma vez que nosso país ocupa hoje o 2º
lugar no ranking da doença, atrás apenas da Índia.
Desinformação e Estigmas, vamos virar
esta página!
Pela Inclusão e pela Vida.
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