Do seu primeiro dia de aula na primeira e, talvez, nas outras escolas também. Do pátio escolar agitado pela algazarra infantil, da sala de aula onde tudo começou...
Vai se lembrar das sensações estranhas
que apertaram o peito naquele dia, num misto de medo e ansiedade ao se chegar
num lugar desconhecido, que não a família, os vizinhos, a rua. Do pavor que dominava
a mente a ponto de agarrar as pernas do pai ou a cintura da mãe, implorando que
o levasse embora dali. Alguns se lembrarão da quão rápida foi aquela experiência,
da superação. Outros, porém, do tempo que levaram para transpor, degrau por
degrau, cada obstáculo encontrado até chegar à sensação de sentir-se finalmente
igual (?) aos demais...
Acredito que qualquer pessoa
possa se lembrar de uma situação assim, quando em sua memória estão guardadas
lembranças das experiências escolares iniciais, sejam elas positivas ou
negativas e que foram fatores determinantes para encarar o mundo em que
vive.
Não tem como não sentir, não
deixar-se envolver quando se está diante de uma história que fala algo de sua
vida! Não da sua vida propriamente, mas algo pelo qual você já vivenciou, nem
que por um momento apenas.
Seja você deficiente ou não,
negro, mulher, rico, índio, belo, pobre, culto, refugiado, careca, gordo, desempregado,
ou nenhuma das anteriores. Acredito que quem já assistiu ou pretende assistir o
filme “Extraordinário”, baseado no best-seller homônimo, sente-se
como parte dele, querendo contracenar e fincar sua bandeira de luta, da
igualdade perante os demais, dos valores que acredita!
É um filme que fala não só
sobre o bullying a um garoto com deformidade facial, mas das angústias pessoais
vividas por outros personagens também; de confrontar nossos maiores medos; da
vontade de “chutar o pau da barraca” enfim.
E o que há de belo, se pode ver
na amizade entre Auggie, Summer e Jack Will: aceitação do outro, amor e perdão,
lealdade.
Super-recomendo o filme. Você
leitor também vai se lembrar, vai se surpreender!
Pela Inclusão e pela Vida!
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