Microfone é uma ferramenta tão
útil. Serve não apenas para se fazer ouvir, como também para atingir espaços e
aproximar as pessoas. Serve ademais, para fazer-se entender.
Por comunicação entende-se a
eficácia de transmitir e buscar informações, conhecimentos e ideias que
objetivam uma interação clara e transparente entre interlocutores, e que influencia
positivamente e motiva sujeitos que interagem entre si.
Ora, para que a comunicação seja
eficaz, ela deve provocar entendimento entre pessoas, tanto para aquele que
transmite a mensagem, como para quem a recebe. O microfone entra então como um
coadjuvante e facilitador dessa comunicação.
Realmente, essa ferramenta faz
mágica como facilitador da interação, desde que bem adaptado, funcionando
perfeitamente e afinado com o ambiente.
Sou pessoa não confiável para
falar dele enquanto técnica, tom, acústica e etc. Não ouvir me impede de opinar
a respeito. Mas, quando se trata de posturas que determinadas pessoas utilizam
com esta ferramenta, colocando-o numa posição na própria face bloqueando a
boca, o queixo e até o próprio nariz, - nisto
sim, sou bem crítica - porque bloquear partes do rosto é negar a comunicação ao
outro, no caso – pessoas com surdez – que fazem a leitura labial para
compreender a mensagem que está sendo transmitida.
Sim, tem pessoas surdas que não
se comunicam por meio de Libras. São as oralizadas, que entendem pela leitura
dos lábios do seu interlocutor. Se este colocar o microfone colado à boca, como se fosse um sorvete de casquinha,
aí a comunicação é zero mesmo. Tal como nas partidas de futebol que se pode
perceber na TV. Jogadores falando com os companheiros ou com o árbitro, colocam
a mão na boca para bloquear a conversa e o telespectador não captar seus
conteúdos. Coisas que os oralizados muitas vezes são capazes de entender.
Então como estava dizendo, é uma
situação muito desagradável pois, além de ser uma falta de respeito, provoca
irritação e insegurança acarretando a privação de entender e participar. Alguns
eventos culturais, esportivos e religiosos tem pensado nessas pessoas, buscando
facilitar a comunicação por meio de intérprete de Libras.
Quanto aos surdos oralizados, que
não precisam de intérprete, dependem exclusivamente da inteligência e da
sensibilidade das pessoas que utilizam a ferramenta, apelando para posturas que
regulem a altura e disposição do microfone de modo a não bloquear a
gesticulação oral da mensagem.
Hoje em dia, é muito grande o
número de pessoas diversas com perdas auditivas leves e moderadas, algumas que
nem sequer sabem disto porque não fizeram avaliação audiológica. Então pode-se dizer
que a demanda vem crescendo, bem como a necessidade de melhorias em relação ao uso
do microfone requer atenção, preparo e cuidados de modo que a comunicação/mensagem
seja claramente entendida, não excluindo ninguém.
Pela Inclusão e pela Vida!
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