PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

MÃE APARECIDA, DÁ-NOS A TUA BENÇÃO



“Negra Mariama chama para enfeitar,
O andor porta estandarte para ostentar
A imagem Aparecida em nossa escravidão.
Com o rosto dos pequenos,
Cor de quem é irmão”
(Pejoteiro)
 

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em cor escurecida pelas águas do rio Paraíba, que tão bem combina com a cor de nosso povo negro. Cor que ainda não assumimos completamente como nossa neste país, porque são evidentes os fatos e atos marcados pela segregação, exclusão e marginalização de pobres, desempregados, desassistidos pelo poder público social, cultural, econômico e político, mesmo após séculos da abolição da escravidão.

Negra Mariama, porém, nunca deixou de amparar seus filhos diletos da pátria que a acolhem, invocam e veneram como a Mãe de Jesus e nossa também. E segue assistindo, abençoando e acompanhando-nos por este “vale de lágrimas”, nas lutas diárias, dores, alegrias e esperança, rumo ao tão sonhado paraíso, onde seremos uma só família com seu Filho, nosso único Pastor.

Negra Mariama, a filha predileta que Deus-Pai escolheu para ser a mãe de Deus-Filho, Jesus, agraciada com o dom sublime da maternidade divina, foi também a criatura mais simples da face da terra, que se deixou encontrar pelos simples, pelos pobres. Também em Aparecida, foi encontrada por humildes pescadores. Sinal de que Deus se encanta e tem preferência pelos pequenos, assim como pastores foram os primeiros que encontraram seu Filho na manjedoura.

E hoje, na festa que é dela, nossa Padroeira tão amada e querida, a Mãe atenta e cuidadosa, quando acorremos em nossas orações, louvores e súplicas, ela também deixa a cada um de nós um pedido, uma mensagem como sinal, tal qual naquela ocasião das Bodas de Caná, quando o vinho faltou na festa e ela corre ao Filho, para que a alegria do momento perdurasse por mais tempo:



“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER” (JO 2,5)



 Ali, Jesus bem sabia que faltaria vinho e poderia agir de imediato, mas deixou que a sutileza, intuição e solidariedade de uma mulher falassem primeiro. Ele preferiu atender o apelo da Mãe. O mesmo faz conosco: Ele espera nossas atitudes...

O gesto de uma mulher transformou uma festa. O coração de uma Mãe intercede pelos filhos, sempre...

Peçamos à Mãe, que o Filho atende!



Pela Inclusão e pela Vida.



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