Início de novembro tem os primeiros dias
bem interligados entre si, o de todos os Santos e o de Finados. Penso assim
porque um faz jus ao outro. Celebrar a memória dos falecidos, aqueles que nos
antecederam e partiram deixando saudades, traz um complemento em relação ao
chamado à santidade que devemos responder: Ser Santos como Deus é Santo!
Se Deus é bom e misericordioso,
nós que somos filhos seus, devemos ser também bons e misericordiosos, à sua
imagem e semelhança. Ora, ser bom é transparecer em palavras e principalmente
em atitudes, muitas formas de fazer o bem sempre.
Nenhum santo nasceu santo. Foi
adquirindo com o tempo, modelando seu carisma no decorrer da vida, em pequenos
gestos colaborativos e desinteressados, de forma que seu caráter molda-se na
dinâmica de suas atitudes altruístas, voltadas para o bem do próximo e onde se
aprende a ver o próprio Deus, expressão do amor máximo.
Faz poucos dias que o Brasil
acompanhou a canonização da Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira.
Assim não fica difícil de entender como é formada a santidade de uma pessoa,
uma vez que ela conviveu conosco até alguns anos atrás, e há muitos relatos que
ainda nos chegam de Salvador, atestando suas atividades e obras em favor dos
pobres. Mesmo quem nunca ouviu falar de Irmã Dulce, hoje está encantado com
tantos fatos e depoimentos que vão sendo narrados pela TV, pela mídia e pela boca do povo.
Aquela criaturinha frágil que
perambulava pelas ruas para atender e socorrer os mais carentes e desassistidos, informando,
orientando, acompanhando como também acolhendo para melhores cuidados. Que
soube quebrar paradigmas dentro da própria ordem religiosa destacando o verdadeiro sentido da opção pela pobreza; que criou pontes entre os mais abastados, até coronéis como se dizia
por lá, buscando recursos para atender as imensas necessidades que se abatiam
sobre aqueles humildes acolhidos.
Santidade é isso, debruçar-se
sobre uma causa e nela investir, dedicando-se com amor e cuidado. Entenda-se “causa”
como sendo pessoas, clima, mares, rios, animais, terra, floresta, mangues enfim
tudo que circunda nossas relações sociais, culturais, educacionais e ecológicas
na qual nos inserimos e nos sentimos responsáveis enquanto pertença e motivados
a zelar pela nossa Casa Comum, seu cuidado e manutenção.Viver é amar, criar e cuidar.
Sigamos nossa caminhada buscando a santidade em pequenos gestos diários, com fé e amor. Alguém sempre canta por aí...“Cuide bem
do seu amor, seja ele quem for!”
Pela Inclusão e pela Vida!
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