PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sábado, 2 de novembro de 2019

ENTRE SANTOS E CUIDADORES



Início de novembro tem os primeiros dias bem interligados entre si, o de todos os Santos e o de Finados. Penso assim porque um faz jus ao outro. Celebrar a memória dos falecidos, aqueles que nos antecederam e partiram deixando saudades, traz um complemento em relação ao chamado à santidade que devemos responder: Ser Santos como Deus é Santo!

Se Deus é bom e misericordioso, nós que somos filhos seus, devemos ser também bons e misericordiosos, à sua imagem e semelhança. Ora, ser bom é transparecer em palavras e principalmente em atitudes, muitas formas de fazer o bem sempre.

Nenhum santo nasceu santo. Foi adquirindo com o tempo, modelando seu carisma no decorrer da vida, em pequenos gestos colaborativos e desinteressados, de forma que seu caráter molda-se na dinâmica de suas atitudes altruístas, voltadas para o bem do próximo e onde se aprende a ver o próprio Deus, expressão do amor máximo.

Faz poucos dias que o Brasil acompanhou a canonização da Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira. Assim não fica difícil de entender como é formada a santidade de uma pessoa, uma vez que ela conviveu conosco até alguns anos atrás, e há muitos relatos que ainda nos chegam de Salvador, atestando suas atividades e obras em favor dos pobres. Mesmo quem nunca ouviu falar de Irmã Dulce, hoje está encantado com tantos fatos e depoimentos que vão sendo narrados pela TV, pela mídia e pela boca do povo.

Aquela criaturinha frágil que perambulava pelas ruas para atender e socorrer os mais carentes e desassistidos, informando, orientando, acompanhando como também acolhendo para melhores cuidados. Que soube quebrar paradigmas dentro da própria ordem religiosa destacando o verdadeiro sentido da opção pela pobreza; que criou pontes entre os mais abastados, até coronéis como se dizia por lá, buscando recursos para atender as imensas necessidades que se abatiam sobre aqueles humildes acolhidos.

Santidade é isso, debruçar-se sobre uma causa e nela investir, dedicando-se com amor e cuidado. Entenda-se “causa” como sendo pessoas, clima, mares, rios, animais, terra, floresta, mangues enfim tudo que circunda nossas relações sociais, culturais, educacionais e ecológicas na qual nos inserimos e nos sentimos responsáveis enquanto pertença e motivados a zelar pela nossa Casa Comum, seu cuidado e manutenção.Viver é amar, criar e cuidar.

Sigamos nossa caminhada buscando a santidade em pequenos gestos diários, com fé e amor. Alguém sempre canta por aí...“Cuide bem do seu amor, seja ele quem for!”



Pela Inclusão e pela Vida!



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