“10. Não
quero prosseguir esta encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o
seu nome por guia e inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma.
Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e
por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo
padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado
também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela
criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua
alegria, a sua dedicação generosa e o seu coração universal. Era um místico e
um peregrino que vivia com simplicidade e em uma maravilhosa harmonia com Deus,
com os outros, com a natureza e com si mesmo. Nele se nota até que ponto são
inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o
empenho da sociedade e a paz interior.” (Papa
Francisco, Encíclica Laudato Si).
Neste 24 de maio de 2020, se
completa cinco anos da Encíclica “Laudato Si” de sua Santidade, o Papa
Francisco. A carta papal que ensinou o mundo a voltar um outro olhar – refletindo,
convertendo e transformando - à nossa Casa Comum, Planeta Terra, com sua natureza
e convivência humana.
De sua grande preocupação com as
mudanças climáticas, Papa Francisco hoje, tem se voltado principalmente para os
ecossistemas da Amazônia, da Austrália e do Ártico, que são os que mais se
aproximam de pontos críticos.
E nestes cinco anos da Encíclica,
Francisco nos questiona a todos: “Que
tipo de mundo queremos deixar para aqueles que nos sucedem, as crianças que
estão crescendo? ”
É um apelo que chama as
consciências e os corações a uma conversão ecológica para salvaguardar o meio
ambiente de modo a preservar seus recursos naturais para as gerações presentes
e futuras.
Cá no Brasil, nossa Amazônia vive
momentos dramáticos de devastação pelo garimpo e a grilagem que desmata
ilegalmente e sob as vistas de um governo omisso e irresponsável.
Se em 2019, a área total da floresta
destruída pelas queimadas foi de 43.753 km2, segundo a ONG Greenpeace, representando um aumento de quase 150% naquele ano,
entre janeiro e abril deste 2020, ocorreu a devastação de 1.202 km2, segundo os indicadores do INPE, que equivale a 55% em relação a 2019. E ocorre que a tendência para 2020 é mais
preocupante ainda devido ao período de incêndios que começa agora em maio,
estação das secas.
Em
nossa querida Amazônia concentra-se a maior biodiversidade do planeta: 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de
mamíferos e 1,3 mil espécies de aves, cujos dados são do ICMBio. Cuidar desse patrimônio é responsabilidade de todos nós brasileiros e latino americanos
que nela vivemos, como também são responsáveis todos habitantes do planeta,
pois Amazônia interfere no clima da terra, é patrimônio da humanidade.
O momento é delicado e mostra
claramente que não podemos nos calar nem nos omitir. Nossas ações podem começar
localmente, onde vivemos no nosso dia a dia. Mas também podem alcançar longas
distancias seja por meio das redes sociais onde podemos nos manifestar, nos
solidarizar em preservar nossas riquezas naturais, como também protestar e
denunciar todas as formas de violência e destruição de nossos ecossistemas
garantidores de vida para a sobrevivência humana.
É o grito da terra, é o grito do
pobre, é também o grito da infância que precisa de um mundo onde viver o seu
futuro!
Pela Inclusão e pela Vida!
Parabéns pelo Blog. Adorei.É isso mesmo, divida conosco o seu conhecimento. Não se pode silenciar uma mente brilhante. Vá em frente. Serei sua assídua leitora. Abraço
ResponderExcluirObrigada. Esta é a nossa luta!!! FLORESTA EM PÉ
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