PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sábado, 6 de junho de 2020

ESPERANÇA É...

 

A ESPERANÇA, vista sob o olhar de uma quitanda destruída

Está bem difícil a vida das pessoas com essa pandemia do Covid-19. Mais difícil está a vida dos brasileiros em ter que enfrentar os perigos dessa virulência e ainda a crítica situação política, social e ambiental do momento.

Se houvesse um senso comum no país, uma união de forças e vontade, poderíamos ter chegado e estancado a tão falada curva do contágio e, com fôlego, já estaríamos partindo para uma flexibilização consciente da quarentena. Porém, os dados não apontam para esse otimismo.

De outro lado, numa semana voltada para a questão do Meio Ambiente, cuja data foi comemorada (?) ontem, o panorama não se mostrou tão animador assim, ante toda a tragédia que temos presenciado ultimamente como a falta de uma Ecologia Integral no País: desmatamento crescente da Amazônia e da Mata Atlântica; invasão de garimpeiros em territórios de reservas indígenas; falta de políticas de atenção e cuidados com a população indígena; grilagem de terras públicas dentre outras.

Diante desse cenário, um fato ocorrido aqui no bairro durante a semana, fez-me refletir sobre as durezas da vida e a necessidade de não desanimar, avançando sempre na superação dos revezes e cultivando a virtude da Esperança.

O fato aconteceu assim: Uma quitandinha muito antiga na Vila Moreira, perto de onde resido, tocada por uma família de orientais, gente simples e trabalhadora e com uma clientela cativa. A feira que acontece na rua da quitanda às terças-feiras é inclinada e ocorreu que, ao final da feira, o caminhão de pescados ficou sem os freios e atingiu de ré a entrada do estabelecimento (como se pode ver na foto). Por obra e graça divina, ninguém se feriu. Mas o estrago foi grande. Moral da estória: o quitandeiro, Sr. Caetano, ficou no prejuízo e o local foi interditado. O motorista do caminhão? Não merece crédito aqui.

O casal de idosos e doentes sem dinheiro, dependentes da quitanda para sobreviver; perderam uma filha para o câncer há poucos meses; outro filho é cardíaco e vivendo de hemodiálise. Apenas uma filha ajuda os pais a tocar toda a atividade. Foi um baque e tanto.

Felizmente a luz no fim do túnel apontou uma campanha de arrecadação de doações em favor deles, por meio da conhecida VAKINHA, criada por um sobrinho do casal. E enquanto o dinheiro não chega, com a obra paralisada, a família recebeu tanto apoio de conhecidos, de clientes e também virtuais que foi encorajada a montar uma pequena extensão da quitanda nos fundos, comerciando dali suas frutas e verduras sempre fresquinhas e de qualidade, como todo oriental preza.

Lições de Esperança podem ser tiradas do meio de escombros, das dificuldades da vida, e que impulsionam para frente, com coragem e fé.  A esperança não morre nunca para quem sabe lutar!

 

Pela Inclusão e pela Vida.

 

 

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