Tempo, te assentas naquele banco, no canto,
Levo um papo contigo, curta prosa.
Tu que vives de roda, se desdobra,
Mas na hora não explicas, não discutes e nem atentas!
Tempo, donde vens? Onde principias?
Sei apenas que estás aqui agora e,
No segundo seguinte já fostes embora
Não deixando nenhum rastro, para seguir-te lá fora.
Tempo, para onde vais? É longe demais?
E num estalo já estás de volta, a roçar sentimentos.
Trazendo teu segredo em recado, empacotado,
Causando sustos, alegrias! Vibração em fragmentos.
Tempo, qual tua sina? Teu fardo condensa
O fogo com chuva, a terra com vento?
O sol com as flores, e no pensamento
O tino insano por desvendar teu segredo.
Tempo...
Convido-te a sentar no banco e silente ficarei no canto.
Serei toda atenção e desvelo, por aprender contigo,
A hora e a seca, a chuva do momento,
A graça e a manha, o prazer e a dor,
Mais que amor, qual o entendimento?
Sofrimento!
Tempo...
Chegou tua hora, já podes ir embora
Pois a tua magia que tudo envolve, me diz:
É tempo, é tempo, é tempo,
Superar a quem insano: o esfriamento
De mente, coração, prática e paixão.
Replantar sabedoria, discernimento no momento!
É Tempo, é tempo, é tempo,
Esperar contra toda esperança!
Na luta seguir, de fé abastecer,
Renascimento...
Nenhum comentário:
Postar um comentário