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Não entendo do por que não incluíram
e não incluem a floresta como o outro dado relevante a juntar-se aos outros
três pilares (educação, longevidade e renda) pelos quais se baseia o IDH – o Índice
de Desenvolvimento Humano.
Para começo de conversa, o IDH é
a medida comparativa usada pela Organização das Nações Unidas para classificar
os países em seu grau de desenvolvimento humano, que foi criado como medida de
avaliação que usa critérios não apenas considerando-se os avanços econômicos
(PIB), mas também pelas melhorias de bem estar humano (pessoas). Este critério
sustenta-se sob os três pilares: Educação, Longevidade e Renda.
No relatório divulgado pelo PNUD
- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no último mês, com base no
ano de 2013, o Brasil aparece em 79º lugar no ranking – com o índice de 0,744.
A escala que vai de 0 a 1, indica que quanto mais perto do um (1), melhor o
desempenho do país.
Longe de querer debater pura e
simplesmente a questão do IDH em si, que considero complexa e para além de
minha alçada, volto a bater na tecla inicial: por que a floresta não conta
também? Ela que é um indicador de vida e subsistência do país, especialmente do
Brasil.
Pode parecer um desvario de
minha parte ao abordar tal ideia, em se tratando que o índice é calculado pela escolaridade, longevidade e renda, já que
nem todos os países do mundo tem uma floresta como a que nós temos. Neste caso,
não valeria incluí-la então no computo para países gelados, desérticos ou de
savanas. Mas poderia ser usado para estes, dados peculiares de seus ecossistemas regionais. Afinal, é nas matas, águas e fauna que se encontram as fontes da vida
de um povo.
Em se tratando da floresta
amazônica, pesquisadores que estudam o desmatamento, são unânimes ao afirmar o ditado do povo amazonense: “A floresta faz chover”. E emendam que o
desmatamento da floresta altera as chuvas no país, principalmente o Sudeste e
Centro-Oeste. Estudos e pesquisas por eles elaboradas apontam que um metro
quadrado de vegetação empurra para a atmosfera seis vezes mais água do que um
metro quadrado de oceano, e essa água que fica em cima da floresta (denominada
“rios voadores”) são elas que trazem as chuvas para o Sudeste.
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O atual descontrole do clima é
prova disso, tendo de um lado chuvas em excesso e de outro, secas prolongadas em regiões diferentes. Nesses
meses de estiagem, na mais longa seca que o Estado de São Paulo enfrenta,
olhando para os esforços de alguns como também a insensibilidade e
despropósito de outros, penso que já passou da hora de colocarmos a consciência
em prática.
Muitos têm consciência da
situação que o país está vivendo, não apenas no terreno da corrupção e das precariedades
da educação, saúde e segurança pública. Tem também ciência das graves mudanças
que vem ocorrendo com o clima decorrente dos desmatamentos. Porém, entre o
saber e o fazer acontecer existe a necessidade de atitudes que acreditem na
mudança através de ações concretas locais, éticas e transformadoras. Que
começam pequenas, como a economia de água e de energia; a separação do lixo
doméstico do reciclável; a preservação de parques e jardins; o plantio de
árvores; a varrição da própria calçada e depois vão se avolumando, transformando o meio onde se vive, como também a própria cultura.
E não deixemos de nos mobilizar
pela preservação de nossas matas e florestas. Empenhemo-nos seja localmente,
por meio das redes sociais, por pressão através de petições públicas, de
assinaturas por meio eletrônico de manifestos em defesa da ecologia, ou de
outros meios que estejam ao nosso alcance.
Se hoje, nós adultos vivemos
num clima que tem se apresentado com tantas fragilidades e ameaças iminentes, o
que será do futuro das atuais crianças e daquelas que ainda virão?
Queremos e precisamos de nossas
florestas!
Pela inclusão e pela Vida.
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