Bom dia,
Pois não,
Pois não,
Por favor,
Com licença,
Perdão,
Sinto muito,
Permita-me?
São expressões tão bonitas, que indicam a educação que molda o caráter de uma pessoa.
E os gestos que a acompanham, principalmente quando a expressão é iniciativa por parte do homem e dirigido à
mulher, assim como: abrir uma porta e dar passagem; permitir o acesso primeiramente; ceder o lugar no assento; dar uma informação; oferecer a cadeira; repartir
o chocolate ou o biscoito, dentre outras. E sobre aquele tão tradicional, de se
enviar flores, dizem algumas mulheres que o gesto também está escasseando...
Atitudes simples que estão cada
vez mais raras... Será isto o “desaprendizado” masculino dando as caras?
Ah, que pena...
Ah, que pena...
Parece que, nós mulheres,
precisamos dar “um toque” nessa situação de modo que atitudes tão nobres e cavalheirescas
não desapareçam por completo. Seria triste demais!
Foi experimentando uma cena tão
deprimente que resolvi postar o artigo. Voltava de uma visita e tive que
fazer a transferência por várias linhas do metrô. A demora nas transferências
culminou no horário de pico, de modo que não tinha como evitar aquela multidão
apinhada nos vagões, em grande ebulição. Bem no centro do carro, espremida e
sem poder dar um passo sequer, à minha frente tinha uma grávida em seus 5 meses de gestação e, ao
lado, um paraplégico de muletas. Ao redor, o masculino em maioria.
Aquele deficiente, talvez
conhecedor do agito, safou-se rapidamente e encontrou um assento adiante,
espremendo-se até. Mas a mulher, com aquele barrigão, não tinha chance alguma e
nem poderia correr o risco. Enquanto minha barriga protegia a sua, coloquei o pescoço
à procura de um lugar, diante daqueles olhares que não se cruzavam, voltados
para cima, para o chão e para fora. Só tive uma alternativa: pedir ou gritar. Sim,
gritar pelo respeito, pelo direito e pela compaixão.
Alguém se levantou, mesmo que sem
poder nos ver, acenou com as mãos como que chamando para chegar ali, cedendo o lugar. A iniciativa veio não do lado masculino, mas de uma jovem mãe, conhecedora do significado de carregar um fruto dentro de si - fruto que elas, as mães - sempre dão e oferecem ao mundo.
Cavalheirismo em extinção? Quem responderá?
Pela Inclusão e pela Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário