PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

ESGOTADO, NO VERMELHO!



A chuva insistente desses dias tem proporcionado tempo mais que suficiente para fazer arrumações domésticas, tantas vezes adiadas. Digam-se as arrumações internas, porque as externas vão precisar de muito sol ainda...

Não tem coisa mais chata de se fazer, que ter de limpar exaustor de cozinha impregnado de gordura. Jornais velhos, luvas, removedor, detergente, esponja e uma infinidade de utensílios são necessários para isso, verdadeira maratona. O que dá vontade mesmo é de jogar aquele velho e pegajoso no lixo. E comprar um novo, com a vantagem de ficar mais tempo sem precisar limpar. Simples e prático!

Mas a preguiça e o descarte tem um preço muito elevado.

Preço tão alto que nem todo mundo sabe ou não deu conta: o planeta já entrou no vermelho. Desde 08 de agosto de 2016, última data do Dia de Sobrecarga da Terra, que é a data para alertar a população mundial sobre o esgotamento da cota anual dos recursos disponíveis.

Por cota, entende-se como os recursos naturais de que a Terra dispõe, que podem ser utilizados em um ano e que vão se renovando, como petróleo, gás natural, carvão fóssil, alimentos, água potável, dentre outros. O homem, porém, com seu estilo de vida é responsável pelos desmatamentos, escassez de água, erosão, poluição e extinção da biodiversidade, que têm provocado as alterações climáticas, e com isso não contribui para a regeneração necessária dos mesmos recursos em determinado tempo.

Com o esgotamento dos recursos, a partir do ano 2000 o planeta entrou no vermelho, diminuindo o tempo necessário da renovação dos recursos, de 01 (um) ano, para dez, nove, oito meses. Ou seja, o tempo necessário de reposição foi caindo vertiginosamente que, em 2016 se esgotaram em agosto, ao contrário de outubro do ano 2000.

Seria como se, por descuido ou irresponsabilidade minha, eu estourasse de vez os créditos bancários de minha conta corrente e passasse a viver só no cheque especial. Viver devendo!

A verdade é crucial: estamos todos em dívida com nossa casa, nosso planeta.

Então, voltando lá no velho e engordurado exaustor, e não só ele, como também outros utensílios que já foram incluídos, mesmo que em pensamento numa possível substituição, repensei a ideia, o descarte, o lixo. Optei então por dispor mais tempo no conserto, na limpeza e conservação deles, em nome da sustentabilidade. E também na economia ao invés de adquirir novos.

Não poderia me dar ao luxo de pensamentos e ações egoístas, consumistas, em detrimento do futuro quando há tantas vidas no momento presente que dele dependem. O futuro é das crianças de hoje, dos jovens que investem, acreditam e nele esperam.

Se cada um fizer a sua parte, mesmo que pequena, já estará contribuindo pela vida do planeta.

“Um mais um é sempre mais que dois.”


(Post editado em agosto 2016)


Pela Inclusão e pela Vida.





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