A chuva insistente desses dias
tem proporcionado tempo mais que suficiente para fazer arrumações domésticas,
tantas vezes adiadas. Digam-se as arrumações internas, porque as externas vão
precisar de muito sol ainda...
Não tem coisa mais chata de se
fazer, que ter de limpar exaustor de cozinha impregnado de gordura. Jornais
velhos, luvas, removedor, detergente, esponja e uma infinidade de utensílios
são necessários para isso, verdadeira maratona. O que dá vontade mesmo é de
jogar aquele velho e pegajoso no lixo. E comprar um novo, com a vantagem de
ficar mais tempo sem precisar limpar. Simples e prático!
Mas a preguiça e o descarte tem
um preço muito elevado.
Preço tão alto que nem todo
mundo sabe ou não deu conta: o planeta já entrou no vermelho. Desde 08 de
agosto de 2016, última data do Dia de
Sobrecarga da Terra, que é a data para alertar a população mundial sobre o
esgotamento da cota anual dos recursos disponíveis.
Por cota, entende-se como os
recursos naturais de que a Terra dispõe, que podem ser utilizados em um ano e
que vão se renovando, como petróleo, gás natural, carvão fóssil, alimentos,
água potável, dentre outros. O homem, porém, com seu estilo de vida é
responsável pelos desmatamentos, escassez de água, erosão, poluição e extinção
da biodiversidade, que têm provocado as alterações climáticas, e com isso não
contribui para a regeneração necessária dos mesmos recursos em determinado
tempo.
Com o esgotamento dos recursos,
a partir do ano 2000 o planeta entrou no vermelho, diminuindo o tempo
necessário da renovação dos recursos, de 01 (um) ano, para dez, nove, oito
meses. Ou seja, o tempo necessário de reposição foi caindo vertiginosamente
que, em 2016 se esgotaram em agosto, ao contrário de outubro do ano 2000.
Seria como se, por descuido ou
irresponsabilidade minha, eu estourasse de vez os créditos bancários de minha
conta corrente e passasse a viver só no cheque especial. Viver devendo!
A verdade é crucial: estamos
todos em dívida com nossa casa, nosso planeta.
Então, voltando lá no velho e
engordurado exaustor, e não só ele, como também outros utensílios que já foram
incluídos, mesmo que em pensamento numa possível substituição, repensei a
ideia, o descarte, o lixo. Optei então por dispor mais tempo no conserto, na limpeza
e conservação deles, em nome da sustentabilidade. E também na economia ao invés
de adquirir novos.
Não poderia me dar ao luxo de
pensamentos e ações egoístas, consumistas, em detrimento do futuro quando há
tantas vidas no momento presente que dele dependem. O futuro é das crianças de
hoje, dos jovens que investem, acreditam e nele esperam.
Se cada um fizer a sua parte,
mesmo que pequena, já estará contribuindo pela vida do planeta.
“Um
mais um é sempre mais que dois.”
(Post editado em agosto 2016)
Pela Inclusão e pela Vida.
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