UM OLHAR, UM SENTIR
Veja, sinta e toque,
Trouxe-lhe uma rosa vermelha
Tem pele de veludo,
Nitidez escarlate
Robusta e alegre
Atiçando o olhar, a
contemplar,
Veja, você pode sentir!
Mas será? Eu sinto.
O veludo é macio
O perfume adorável, sedutor.
Mas espeta como você
disse
E contradisse
Não será amarela ou
dourada,
Não minta para mim!
Como posso mentir
Se você sente o odor,
Percebe as formas
E reconhece o frescor.
Seu caule, de tão verde
Contrasta o fragor
As folhas translúcidas
Esbanjam vigor.
Vermelho, amarelo,
verde
Escarlate, dourado e
translúcido!
O que me dizes:
São cores, fragmentos
ou matizes?
Como ver, saber e
descobrir,
Através de sombras e
luzes
Tateando a natureza
Num eterno colorir?
Tocar, apalpar e sentir,
Cheirar, beijar e ouvir!
Texturas, movimentos e
sons:
A vida é feita de
delicadezas,
Asperezas, espinhos,
porosidades e
Segredos revelados,
carregados de dons
Dádiva preciosa,
amorosa
Reservada a poucos,
Com tanta leveza, que
beleza!
Preciso dizer
Que viver é sentir, imaginar.
Modelar e inventar
Noções, situações e
compreensões,
Que fogem à regra
Esquema e cartilha.
Pois só no escuro
brilha
As mais belas estrelas
Penduradas no céu.
Fascinação, teu nome é
mistério
Que encanta e inebria.
Também meu mundo alumia,
Aquece e seduz
Forjando esperança
Dentre tantas andanças
À procura de luz.
Nessa diferença de
mundos e céus,
Façamos brotar de todos
os cantos:
Condições e situações
Raízes de vida,
sentimentos e ideias.
Respeito, conceitos
De seres iguais e
fraternos
Humanos e eternos.
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Pela Inclusão e pela Vida
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