A Lei de Cotas para Pessoas com
Deficiência completou 27 anos. Trata-se de ordenamento jurídico importante para
a inclusão de profissionais com deficiência no mercado de trabalho - as PcD - onde
vem especificadas reservas de 2% a 5% no preenchimento de vagas, de acordo com
o número de trabalhadores da empresa. O não cumprimento acarreta na aplicação
de multa às mesmas.
Objetivo principal da lei de
Cotas é funcionar como um instrumento de conscientização de pessoas e da
sociedade acerca da igualdade das PcD, inclusive no mercado de trabalho,
favorecendo a promoção de direitos e o exercício da cidadania.
Infelizmente a aplicabilidade da
lei não vem sendo cumprida em sua totalidade. Empresas ainda hoje resistem a
contratar, alegando falta de profissionais qualificados e altos custos com
adaptações arquitetônicas e tecnológicas assistivas, exigidas na lei.
Diante do quadro, as constantes
fiscalizações, de competência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e
Ministério Público do Trabalho (MPT) tem contribuído para que empresas passem a
contratar esses profissionais, sob pena de aplicação de multas vultuosas. E tem
ocorrido, inclusive, fatos inusitados por parte de empresas que, para fugirem
das multas, contratam PcD apenas para constar em seus quadros de funcionários, sem,
contudo, precisar trabalhar, ficando na ociosidade, ou até mesmo em casa.
Em paralelo pode-se também
verificar que muitas empresas sérias vêm dando exemplo de inclusão laborativa
ao assumirem a contratação de parcelas significativas de pessoas com
deficiência em suas dependências, com a transformação do ambiente de trabalho
por meio de reformas e acessibilidade arquitetônicas, tecnológicas e também
comportamentais dos demais funcionários, contribuindo para uma convivência
saudável e pacífica.
Neste sentido, ao lado da crítica
àqueles que tem burlado a lei de Cotas, vale ressaltar que é muito importante
destacar, elogiar e também premiar as empresas que dão bom exemplo de
contratação, como forma de provocar um efeito multiplicador, através do
exemplo.
Palavras colaboram, mas os
exemplos arrastam...
Pela Inclusão e pela Vida!
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