“O deus criador Brahma estava
sozinho no universo quando teve a ideia de modelar alguns seres para lhe fazer
companhia. Assim que ficaram prontos, os homens encontraram a chave da
felicidade e com ela voltaram a fundir-se ao corpo do criador. Novamente Brahma
estava sozinho.
O Ser Supremo resolveu tentar
mais uma vez: modelou mais homens, mas dessa vez, antes de lhes dar vida,
refletiu sobre a chave da felicidade.
- É melhor eu esconder a chave
que os traz até mim, porque senão ficarei novamente sozinho.
Brahma começou a pensar no
local em que esconderia a chave da felicidade:
- Já sei, jogarei a chave nas
profundezas do oceano Índico.
Depois de um tempo, refletiu
melhor e disse:
- Não, no futuro, com certeza
os homens chegarão às profundezas de todos os oceanos. Já sei, eu a esconderei
nas cavernas do Himalaia. Mas também não é uma boa ideia, pois no futuro os
homens explorarão todas as cavernas do mundo e a encontrarão.
Depois de refletir mais um
pouco, Brahma disse:
- Sim, este lugar é excelente –
pensou Brahma.
- Esconderei a chave da
felicidade num dos planetas do nosso universo.
Depois de um tempo, o entusiasmo
do Supremo esvaiu-se.
- No futuro os homens viajarão
por todas as galáxias, e com certeza encontrarão a chave da felicidade.
Brahma ficou semanas diante de
suas criações de barro. Ele não lhes daria vida até descobrir um lugar
apropriado para ocultar a chave.
Numa manhã crepuscular , o Deus
Supremo olhou para a fileira de homens de barro e finalmente descobriu o local
apropriado para esconder a chave da felicidade.
- É isso! – gritou Brahma. – Os
homens nunca vão pensar em procurar a chave da felicidade no lugar em que estou
pensando em escondê-la.
Brahma aproximou-se das suas
criaturas, pegou milhares, milhões, bilhões de partículas da chave da
felicidade e as escondeu no melhor lugar do mundo: Dentro do próprio homem!
Disse o sábio:
- Aquele que mergulha para
dentro encontra o caminho que leva para o Ser Supremo.”
(Ilan Brenman)
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