Quatro de Outubro – Dia de São
Francisco de Assis, o Santo da humildade, da pobreza, do amor incondicional e
da ecologia.
Quem já teve a oportunidade de
assistir o filme “Irmão sol, irmã lua”, de Franco Zefirelli, pode certificar
que as virtudes acima são poucas para se referir a ele, um frade que soube pela
simplicidade de vida, harmonizar o ser humano e a natureza na simbiose dum
jardim criado por Deus como expressão máxima de amor pela humanidade. Um amor “louco”
como ele mesmo dizia, mas que não era retribuído. Daí sua entrega total na
vivência da caridade e compaixão a todas as criaturas: os irmãos sol, lua, terra, água, lobo, pobres e hansenianos. Imagens do Criador.
O outro Francisco, Papa Mario
Jorge Bergoglio, que adotou a si mesmo nome, o fez com um propósito muito claro
e que podemos perceber em seu estilo de vida e na maneira com que conduz a
igreja: valoriza os pobres e os defende; os refugiados; as famílias; prega a
simplicidade, humildade de vida de padres, bispos e religiosos; defende a natureza
com veemência, e, sobretudo prega a paz, onde quer que esteja, sua maior
bandeira. Bergoglio nunca se apresenta com discursos e orientações catedráticas
ou dogmáticas e difíceis de entender, mas como um Pastor que “aprecia o cheiro de suas ovelhas”,
exortando-as de forma pastoral, amorosa e carinhosa. Com alegria e simplicidade
sempre!
Na sua encíclica “Laudato Si”,
faz referência ao Santo:
“10. Não quero prosseguir esta
encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o seu nome por guia e
inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco
é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia
integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os
que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não
são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus
e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua
dedicação generosa e o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que
vivia com simplicidade e em uma maravilhosa harmonia com Deus, com os outros,
com a natureza e com si mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a
preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenho da sociedade
e a paz interior.”
Fica aberto o desafio a
nós também, a trilhar o caminho da simplicidade, humildade e o cuidado com as
pessoas e a natureza: amar e respeitar as pessoas e suas diferenças; plantar um
jardim, fazer uma horta; economizar água e energia; separar o lixo reciclável
do doméstico; não jogar óleo de cozinha no ralo da pia, não jogar lixo nas
calçadas ou nos meios de transportes públicos, dentre outras.
E não deixemos de nos mobilizar
pela preservação de nossas matas e florestas. Empenhemo-nos seja localmente,
por meio das redes sociais, por pressão através de petições públicas, de
assinaturas por meio eletrônico de manifestos em defesa da ecologia, ou de
outros meios que estejam ao nosso alcance.
Entre Francisco e Francisco, francisquemos!
Pela Inclusão e pela Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário