Com a entrada da Primavera, li há
alguns dias sobre assunto que desconhecia até então, a respeito das floradas
dos Ipês. A matéria se passou em Goiânia, onde há plantados dez mil pés de Ipês
pela capital, o que dá 1 arvore para cada 150 moradores.
Rosa, Roxo, Amarelo e Branco a sequência
de florescimento das árvores, cujas flores duram de três a cinco dias apenas.
Sempre quis entender de o porquê
ser uma árvore que nunca está com suas folhas na floração.
Segundo os botânicos e biólogos
explicaram, na região do cerrado em pleno inverno há escassez de chuva, daí os ipês
precisam economizar energia para driblar suas floradas e a árvore passa por um
estresse hídrico muito grande e assim perde todas as folhas para que a florada
seja garantida e intensa. E que as sementes deem continuidade à espécie.
Seria como que uma experiência de
quase morte para a planta ante as intempéries do inverno. É o sofrimento da
árvore que produz a beleza indescritível de suas flores.
Causou perplexidade. O que faz
pensar que não apenas o gênero humano enfrenta as agruras da vida, como também
a natureza. Quanto ensinamento e sabedoria.
Quando em nossa vida passamos por
momentos dolorosos, tristes e inexplicáveis e queremos a todo custo nos livrar
da dor e das tristezas que enfrentamos. Que nos machucam profundamente, nos
sufocam até... Que precisamos de recursos internos para enfrentar tragédia e
dor.
Sobre isto, a escritora Lya Luft tem
uma sábia citação: “A tragédia faz
emergir forças insuspeitadas em algumas pessoas. Por mais devorador que seja, o
mesmo sofrimento que derruba, faz voltar a crescer. ” E, “Às vezes a gente tem que se permitir
sofrer, ou permitir que o outro sofra...”
As lições que nos deixam os Ipês:
Por detrás de toda beleza, há vidas que passam por turbulências e sofrimento;
dor e aniquilação. Mas que tão logo passam e vem a superação. Assim como da
morte de Cristo, brotou a Ressurreição!
Pela Inclusão e pela Vida!
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