PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

domingo, 15 de março de 2020

MÁSCARAS SIM, COMUNICAÇÃO TAMBÉM



A gente está sempre batendo nas teclas da inclusão que, quando pensa que o caminho está fluindo, volta e meia damo-nos conta de que retrocedemos algumas casas ou até voltamos ao ponto inicial.

Então uma sensação desagradável, misto de surpresa e revolta, soa o alarme indicando que, na luta pela implementação de políticas públicas que favoreçam direitos de pessoas com deficiência, não estão sendo respeitados muito menos cumpridos e há necessidade de ações que corrijam distorções de comportamentos humanos, bem como de cobranças por ações de acessibilidade e cumprimento dos dispositivos da lei garantidora de direitos.
É uma luta constante!

Falo de uma experiência pessoal ocorrida num hospital particular, onde acompanhei uma emergência com minha mãe idosa e hipertensa.

Nesses tempos de Coronavirus, admirei as medidas que o hospital tomou, como devem estar seguindo todos outros também, para atender os pacientes que chegam ao pronto socorro - atendimento rápido, selecionado, direcionado e movido a máscaras, álcool, etc.

MÁSCARAS???

Sim, todo o corpo clínico mascarado! Médicos, atendentes, enfermeiros. Prevenção e cuidados seguindo à risca.

Só um detalhe: um atendimento voltado apenas para ouvintes!

Nenhuma atenção ou medida para o público surdo, seja para os oralizados como eu, que leem os lábios ou para os sinalizados que se utilizam de Libras, pois nem Intérprete de Sinais havia.

Esqueceram de nós...

A muito custo tentei conversar com enfermeiros da medicação para que removessem as máscaras, mesmo que momentaneamente para entendimento mútuo. Em vão. Havia ordens a serem seguidas. Somente um dos médicos aceitou conversar comigo, mas a comunicação ficou incompleta.


Uma situação assim é muito desconfortável e desrespeitosa. Qualquer hospital deve ter, no mínimo, um funcionário em seus quadros e capacitado em Libras, disponível para atender o público surdo, esteja ele acompanhado ou não. Também precisamos de informação, de cuidados e atenção como qualquer mortal.

Cuidar e prevenir é preciso. Garantir a comunicação também!


Pela Inclusão e pela Vida!



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