Naquele banco, sentadas lado a lado, a mãe e sua filha. A mãe já idosa; a filha talvez tivesse 45, ou quem sabe 52?
Não sei nomes, origens nem situação. Sei apenas que a filha sorria largamente. E o sorriso era dirigido a mim, a outros, a todos os passantes que a observasse.
Mas quem iria sorrir de volta para alguém como ela? Não se tratava de um bebê, muito menos uma criança, embora fosse isto que se podia notar estampado em seu rosto! Era sua marca. A deficiência que lhe tira o uso da razão ao menos não lhe rouba o sorriso, muito pelo contrário.
Minha passagem por ali, ainda que rápida, foi suficiente para captar naquele gesto inocente, um olhar sobre a indiferença que recai sobre tantas mulheres ignoradas, esquecidas...
Não sei nomes, origens nem situação. Sei apenas que a filha sorria largamente. E o sorriso era dirigido a mim, a outros, a todos os passantes que a observasse.
Mas quem iria sorrir de volta para alguém como ela? Não se tratava de um bebê, muito menos uma criança, embora fosse isto que se podia notar estampado em seu rosto! Era sua marca. A deficiência que lhe tira o uso da razão ao menos não lhe rouba o sorriso, muito pelo contrário.
Minha passagem por ali, ainda que rápida, foi suficiente para captar naquele gesto inocente, um olhar sobre a indiferença que recai sobre tantas mulheres ignoradas, esquecidas...
Mulheres que não produzem, não procriam;
Não atuam, algumas sequer correspondem;
Não sabem diferenciar, muito menos decidir;
Mas que são mulheres! Como não?
Não são metades! São inteiras, mesmo que na limitação...
Algo elas fazem, brincam e arrumam.
Elas menstruam. Sorriem e também choram.
Seus olhares carregam a compaixão!
Ah, a compaixão: a marca do coração de Deus!
Mulheres, quais sejam...
Cada qual um sinal visível de suavidade e bondade,
De justiça e maternidade.
De perdão... Sublimação.
PARABÉNS A TODAS, TODAS AS MULHERES!
Pela Inclusão e pela Vida.
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