PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

terça-feira, 18 de junho de 2013

NÃO À EXCLUSÃO


NÃO À EXCLUSÃO


A experiência de ter ficado por algumas horas de ontem presa no trânsito, permitiu momentos de sobra para refletir as manifestações populares que vem ocorrendo pelo país: o vislumbrar da juventude que faz a nação acordar como não se via desde o movimento pelas diretas em 1984 e os caras-pintadas em 1992.

Vivi a infância e juventude sob o regime militar, quando corria solta a repressão, a censura e a perseguição a todos os contrários. Recordo-me de quando meu pai contava aos filhos sobre a falta de democracia, dos presos políticos, bem como a proibição de falar mal do presidente.

Hoje os tempos são outros. Em plena democracia, já passou da hora do povo acordar para as constantes exclusões a que estamos submetidos: nossa tarifa de transporte público está entre as mais caras do mundo. Não só cara como também de baixa qualidade; a saúde em colapso; a educação relegada; corrupção que grassa e a inflação em disparada. É justa a manifestação.

Diante desse quadro deficitário é incoerente ver tantos bilhões que já foram gastos e outros milhões que ainda faltam aos preparativos da copa. A um ano do evento e sabe–se lá como ficarão os rumos do país. A questão é: o futebol ou qualidade de vida? Montar o circo à custa do pão?

As manifestações são justas, bem como a pauta, cujos direitos coletivos interessam e diz respeito a toda a nação, ao contrário de outras manifestações que vem ocorrendo, de gênero e opção, mas que interessa apenas a alguns. Porém, por mais justo e pacífico que seja o movimento há de se admitir que não esteja imune às infiltrações de agitadores, anarquistas e correntes partidárias que podem minar o direcionamento das reivindicações, como é próprio de ocorrer, enfraquecendo a bandeira de luta, se antes não houver um comando único e coeso.

Oxalá sejam esses primeiros passos do movimento, direcionados a uma grande caminhada da população por mudanças tão necessárias ao país e que a pauta encontre espaço em nossa história, marcando páginas às gerações que virão.

Em tempo: que a lição de casa seja também aplicada nas eleições.


Inclusão é vida.

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