Tarde de inverno com solzinho morno...
À procura de alguma sombra do único ipê amarelo naquela praça, desfolhado e na iminência da explosão de seus botões.
Tantas as cadeiras, maior a busca por um cantinho abrigado.
À sombra do santuário; sombra do muro, sombra da casa velha...
Silêncio,
Escuta
E oração.
Foi a missa ali na praça porque na igreja, de tão antiga, tão pequenina só tinha espaço para abrigar Amor.
E por entre o céu, o vento gelado, folhas desgarradas, revoada de pássaros e cães sem dono, a natureza ficou tão presente e tão condizente...
Mas coisa rara que atiçava o olhar, que era bonito de contemplar,
Pessoas simples que iam e vinham, quais formiguinhas a carregar montinhos de terra amarradinhos.
Ah! A terra num punhadinho apenas...
De sonho em busca da cura dos males da alma e do corpo,
Da felicidade de um pedacinho de terra para morar,
Da esperança que a chuva boa venha molhar nossa terra ressequida e
Fé que dias melhores virão para o planeta Terra - florestas, matas, águas e animais!
Simplicidade, silêncio e sorrisos,
Gestos contidos, sussurros vertidos em reza e canto!
A fé que cura. Curas que irradiam a fé.
Vidas humanas divinizadas, em Romaria.
Pela Inclusão e pela Vida!
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