NÃO É LEPRA NEM LEPROSO. É HANSENÍASE!
É impossível mudar a palavra escrita que está contida na Bíblia. Seus textos são antiquíssimos e revelam contrastes de cultura, costumes e contextos que formam a diversidade no terreno religioso. Podemos, entretanto, transformar o conceito a ser pronunciado como mensagem a ser proferida atualmente em nossas conversas e informativos alterando os então termos já em desuso.
Como exemplo, dentre tantos, tome-se a parábola do Rico e de Lázaro, citada no evangelho de Lucas 16,19-31. Nela podemos observar que há uma grafia ao se referir a Lázaro como sendo um leproso, pois "estava coberto de feridas". Até aí tudo bem. Nada há que se possa fazer para alterar nos escritos bíblico aqueles estigmas para a terminologia usual correta que é simplesmente a Hanseníase (a doença) e Pessoa com Hanseníase (aquele que foi acometido pela doença).
O que deve ser transformado, na realidade, é a tradução oral e escrita dos termos para os dias atuais, ou seja, sabemos que nas igrejas - independente de confissões - há toda uma forma de ensinamento, de exortação da aplicação da Palavra de Deus na vida prática como amor, solidariedade, partilha, etc. Assim, é de grande valia divulgar também as terminologias corretas que se referem às pessoas com deficiência, como forma de mudar a linguagem, fomentando a inclusão também nas grafias e pronúncias.
Dos vários termos errôneos, alguns são encontrados na Bíblia, segue ao lado a terminologia correta a ser utilizada:
Surdos (isto permanece atual, pois é perda total de audição) e Deficientes Auditivos (perda parcial da audição);
Surdo-mudo não deve ser utilizado, mas substituído para deficiência da fala ou comunicação;
Ceguinho - Diz-se apenas Cego (sem diminutivo) - é aquele com perda total da visão
Deficiente visual (é a perda parcial da visão);
Leprosos - São aqueles com Hanseníase
Deficiente mental, retardado, idiota - São os Deficientes Intelectuais
Mongoloides/ Mongol - Deve-se dizer Síndrome de Dow ou simplesmente Dow.
Pela Inclusão e pela Vida!
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