PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SOMOS ASSIM






Somos assim, feitos de dúvidas.
 
Porque não ouvimos, entendemos,
Vivemos a perguntar.
Se não o fizermos e alguém não disser,
Não saberemos,
Quem responderá?
 
 
Por não compreender,
Ficamos no espaço, vagamos,
Sonhamos, imaginamos,
A incerteza é nossa companheira
De caminhada, com ela trilhamos,
Crescendo, nos ajuntando
Na variedade, na gama.
 
Como estrada ainda incompleta é o mundo nosso.
Seguimos, acenamos, gesticulamos,
Juntando fragmentos e metades
Aprendendo nos reveses.
Feitos de gritante silêncio, imagens sem sons,
Cores, sabores, vastidão,
Vagando pelo universo 
Que a tudo recria e cala.
 

Muitas vezes não captando,
 
Como os demais também
Faz-se diferença fugaz, vezes capaz
De distanciar, ferir e isolar.
O desejo de falar, escrever,
Acenar e tecer
Do sonho uma realização,
Complementação!
 
Sonhar, não apenas,
Como também divagar, por que não?
Se não filtramos a tradução
E o som da interação
Então olhamos e sentimos
Nossa verdade é sutileza
Percepção e admiração.
 
Somos assim
Como a vida moldou, a sina apontou e destino traçou
Se não nos entendem, quem melhor nos pretende 
Entre toda criação?
Por que ficar e chorar? Sofrer?
Se caminhar é movimento que corre feito rio,
Que a tudo carrega e ajeita
E sempre de surpresas enfeita
Suas curvas e desvios.
 
Vida, generosidade sem fim, natureza caprichosa,
Onde céu e  terra conspiram!
O sopro do Espírito aí se instaura.
E faz a magia: momento exato e delineado, oportuno,
Que abre a ferida, numa sangria dolorida
Forjando contrastes
Promovendo ternura.
 
Façamos um pacto
Entre a tênue linha que nos separa:
Lua e sol, abismo e vulcão
Tempestade e brisa,
Amor e fantasia
Haja configuração!
Nada de escuridão, lábios escondidos
Mãos camufladas e gestos tolhidos
Prevaleça a reaproximação.
 
 
Comunicação
Seja a força que nos transforma.
Une, condensa
Cumplicidade que tece e sublima.
Tal simbiose mãe e feto,
Caule e raiz,
Força motriz!
Gerando afeto e liberdade,
Respeito, profundidade 
Emoção e razão
Na vastidão.
 
 

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