Somos assim, feitos de dúvidas.
Porque não ouvimos, entendemos,
Vivemos a perguntar.
Se não o fizermos e alguém não disser,
Não saberemos,
Quem responderá?
Por
não compreender,
Ficamos
no espaço, vagamos,
Sonhamos, imaginamos,
A
incerteza é nossa companheira
De
caminhada, com ela trilhamos,
Crescendo,
nos ajuntando
Na
variedade, na gama.
Como
estrada ainda incompleta é o mundo nosso.
Seguimos,
acenamos, gesticulamos,
Juntando
fragmentos e metades
Aprendendo
nos reveses.
Feitos
de gritante silêncio, imagens sem sons,
Cores,
sabores, vastidão,
Vagando
pelo universo
Que a
tudo recria e cala.
Muitas
vezes não captando,
Como
os demais também
Faz-se
diferença fugaz, vezes capaz
De
distanciar, ferir e isolar.
O
desejo de falar, escrever,
Acenar
e tecer
Do
sonho uma realização,
Complementação!
Sonhar,
não apenas,
Como
também divagar, por que não?
Se não
filtramos a tradução
E o
som da interação
Então
olhamos e sentimos
Nossa
verdade é sutileza
Percepção
e admiração.
Somos
assim
Como a
vida moldou, a sina apontou e destino traçou
Se não
nos entendem, quem melhor nos pretende
Entre
toda criação?
Por
que ficar e chorar? Sofrer?
Se caminhar
é movimento que corre feito rio,
Que a
tudo carrega e ajeita
E
sempre de surpresas enfeita
Suas
curvas e desvios.
Vida,
generosidade sem fim, natureza caprichosa,
Onde
céu e terra conspiram!
O
sopro do Espírito aí se instaura.
E faz
a magia: momento exato e delineado, oportuno,
Que
abre a ferida, numa sangria dolorida
Forjando
contrastes
Promovendo
ternura.
Façamos
um pacto
Entre
a tênue linha que nos separa:
Lua e
sol, abismo e vulcão
Tempestade
e brisa,
Amor e
fantasia
Haja
configuração!
Nada
de escuridão, lábios escondidos
Mãos
camufladas e gestos tolhidos
Prevaleça
a reaproximação.
Comunicação
Seja a
força que nos transforma.
Une,
condensa
Cumplicidade
que tece e sublima.
Tal simbiose
mãe e feto,
Caule
e raiz,
Força
motriz!
Gerando
afeto e liberdade,
Respeito,
profundidade
Emoção
e razão
Na
vastidão.
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