PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Oitenta Primaveras




Minha mãe nasceu no Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro de 1934. Recebeu o nome de Maria da Glória, cuja invocação é atribuída a Nossa Senhora da Assunção.

É a filha primogênita dentre dez irmãos, do imigrante e agricultor português Francisco Antonio com sua esposa, a fluminense Izabel Victória.

Contando 7 anos de idade, a família mudou-se para São Paulo, ante as dificuldades pelo qual atravessava o país por ocasião da Segunda Guerra.

Sendo a filha mais velha, sua infância e adolescência foram especificamente voltadas a cuidar dos irmãos menores e, ainda, auxiliar os pais na lavoura de eucaliptos.

Entre os irmãos

Morando alternadamente por vários bairros, principalmente do Tatuapé e Santo Amaro, a família finalmente estabeleceu-se em Guarulhos no ano de 1950.

Aos 14 anos ingressou pela primeira vez no mercado de trabalho, sendo o último deles, por ocasião de seu casamento, na fábrica de Casimiras Adamastor, hoje preservado como Centro Cultural na cidade.

O sonho de conquistar um marido de olhar esverdeado e com ele constituir família, foi realizado em 21 de setembro de 1957. Da união com o paulista Plínio nasceram os quatro filhos do casal. Tem hoje oito netos.

Mulher simples, como o próprio nome invoca, de personalidade forte e dedicada à família, teve sua vida marcada e transformada profundamente quando a única filha foi acometida pela caxumba, aos cinco anos. A partir daí sua trajetória de luta pela busca de reabilitação da audição da menina não parou mais, mesmo sabendo da irreversibilidade do caso, sempre acreditou que a forma de se driblar os revéses da vida e encontrar luzes no fim do túnel, são feitos por caminhos alternativos de esperança e “correndo atrás” sempre!

Como a vida não é feita só de luta, mas de fé e oração, que sustentam e reforçam a caminhada, foi e continua sendo uma mulher forte, o esteio da família, mesmo com as fragilidades que apresenta fisicamente, mas que tem enfrentado com galhardia e coragem, dada sua personalidade.

E por ser uma mulher de vida simples, imbuída de espírito solidário, está sempre disposta a colaborar e assistir as necessidades das pessoas que dela se aproximam. Perguntada sobre como gostaria de comemorar seus oitenta anos, respondeu prontamente que junto com a família reunida na Casa da Mãe Aparecida, sua fiel confidente, celebrando e rendendo graças a Deus por esta Mãe Amorosa, por todos os benefícios alcançados, toda a força e coragem adquirida pela sua intercessão junto a seu Filho Jesus que, com o Pai e o Espírito Santo dirigem e orientam nossa vida para o amor, a justiça, a paz na família e a caridade ao próximo.

A família em Aparecida


Parabéns minha mãe, que Deus seja contigo hoje e sempre!

Peço-te a benção...




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