Minha mãe nasceu no Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro de 1934. Recebeu
o nome de Maria da Glória, cuja invocação é atribuída a Nossa Senhora da
Assunção.
É a filha primogênita dentre dez irmãos, do
imigrante e agricultor português Francisco Antonio com sua esposa, a fluminense
Izabel Victória.
Contando 7 anos de idade, a família mudou-se
para São Paulo, ante as dificuldades pelo qual atravessava o país por ocasião
da Segunda Guerra.
Sendo a filha mais velha, sua infância e
adolescência foram especificamente voltadas a cuidar dos irmãos menores e,
ainda, auxiliar os pais na lavoura de eucaliptos.
Entre os irmãos |
Morando alternadamente por vários bairros,
principalmente do Tatuapé e Santo Amaro, a família finalmente estabeleceu-se em
Guarulhos no ano de 1950.
Aos 14 anos ingressou pela primeira vez no
mercado de trabalho, sendo o último deles, por ocasião de seu casamento, na fábrica de Casimiras Adamastor, hoje preservado como Centro
Cultural na cidade.
O sonho de
conquistar um marido de olhar esverdeado e com ele constituir família, foi
realizado em 21 de setembro de 1957. Da união com o paulista Plínio nasceram os
quatro filhos do casal. Tem hoje oito netos.
Mulher simples, como o próprio nome invoca, de
personalidade forte e dedicada à família, teve sua vida marcada e transformada
profundamente quando a única filha foi acometida pela caxumba, aos cinco anos.
A partir daí sua trajetória de luta pela busca de reabilitação da audição da
menina não parou mais, mesmo sabendo da irreversibilidade do caso, sempre
acreditou que a forma de se driblar os revéses da vida e encontrar luzes no fim
do túnel, são feitos por caminhos alternativos de esperança e “correndo atrás”
sempre!
Como a vida não é feita só de luta, mas de fé e
oração, que sustentam e reforçam a caminhada, foi e continua sendo uma mulher
forte, o esteio da família, mesmo com as fragilidades que apresenta fisicamente, mas que tem enfrentado com galhardia e coragem, dada sua
personalidade.
E por ser uma mulher de vida simples, imbuída de espírito solidário, está sempre disposta a colaborar e assistir as necessidades das pessoas que dela se aproximam. Perguntada sobre como gostaria de comemorar seus oitenta anos, respondeu prontamente que junto com a família reunida na Casa da Mãe Aparecida, sua fiel confidente, celebrando e rendendo graças a Deus por esta Mãe Amorosa, por todos os benefícios alcançados, toda a força e coragem adquirida pela sua intercessão junto a seu Filho Jesus que, com o Pai e o Espírito Santo dirigem e orientam nossa vida para o amor, a justiça, a paz na família e a caridade ao próximo.
A família em Aparecida |
Parabéns minha mãe, que Deus seja contigo hoje e
sempre!
Peço-te a benção...
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