PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

sábado, 15 de março de 2014

FALANDO EM SAGRADO A PARTIR DE UM FILME






Faz dias que estou  a  escrever  sobre  o  tema   composto  deste blog - o Sagrado - mas sem querer aprofundar em demasia seu real sentido, o teológico, uma vez que, em etapas, ele irá se  desvendando  por  si  só  à  medida   do   tempo  e  no  desenrolar  dos   fatos, mesmo que veladamente.

Confesso que, se fosse para aprofundar o termo, este me levaria a muito discorrer dada a complexidade e, inclusive, teria de estender o assunto também para o terreno do ecumênico, uma vez que há aqui leitores de diferentes credos e não tenho, com isso, nenhuma pretensão de promover debates religiosos. O respeito, acima de tudo!

A web, os dicionários teológicos e muitos e renomados doutores podem explicar mais detalhadamente tal profundidade. O que pretendo sim é apenas realçar o sentido do Sagrado que incuti no tema e faz parceria da Inclusão, meus assuntos prediletos.
Pessoalmente, em qualquer hora, lugar ou situação, falo sempre da Bíblia, assim como falo da Vida. Ambas são indissociáveis, inseparáveis. Não dá para falar de uma sem fazer menção à outra. É pura simbiose! É nossa genealogia, nossa ancestralidade. Povo sem história é como História sem povo: não existe

O conceito a que me refiro é a profunda ligação da Bíblia com a Vida e vice versa. Isto que é o sagrado: a relação de uma História (com H maiúsculo mesmo) que acontece há milhares de anos, por gerações, numa relação divina versus humana, em clima de amor, paixão e reciprocidade criativa que gera vida e se perpetua por séculos, ainda hoje. Quem crê, vive isso.

Resumindo: é a fé que se concretiza na crença de um Deus que crê no homem e investe nessa parceria, enquanto o homem crê nesse Deus que o ama “desesperadamente, loucamente” e também corresponde à parceria, mesmo que infimamente, dada suas limitações e fraquezas.

Se me é permitido melhor explicar isto em “parábolas”, faço então uma alusão ao filme: “Tenha Fé”, produzido em 2000. Relata a amizade cultivada desde a infância entre dois amigos, um sendo padre e o outro, rabino, cujos papéis são representados pelos brilhantes atores Edward Norton e Ben Stiller, respectivamente, e que chegam a se apaixonar pela mesma garota.

Simplezinho, mas cativante, adoro as cenas, vistas por vezes, em que está o rabino a celebrar em sua sinagoga (muito lindo) e o padre em sua comunidade. Ambos falam do amor. Na missa, o padre faz sua homilia, uma preleção sobre o que sustenta a vida do cristão, da necessidade de se buscar Deus pela palavra, pela oração, caridade e principalmente pela Ceia, a Eucaristia – o Ápice do Amor.

Querendo melhor explicar isto à sua comunidade, o padre faz uma comparação com a vida atual e agitada das pessoas ali presentes, ligando-as a um instrumento poderosíssimo: o computador, o qual precisa de rede para se conectar. Sem isso, não tem como funcionar.


A palavra mágica é: CONEXÃO - CONECTAR-SE


Precisamos estar conectados com Deus, sempre!

Sem Ele, somos um zero à esquerda.


(Texto extraído do antigo blog “Inclusão & Sagrado")




Pela Inclusão e pela Vida.




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