Faz dias que estou a escrever sobre o tema composto deste blog - o Sagrado - mas sem querer aprofundar em demasia seu
real sentido, o teológico, uma vez que, em etapas, ele irá se desvendando por si só à medida do tempo e no desenrolar dos fatos, mesmo que veladamente.
Confesso que, se fosse para aprofundar o termo,
este me levaria a muito discorrer dada a complexidade e, inclusive, teria de
estender o assunto também para o terreno do ecumênico, uma vez que há aqui
leitores de diferentes credos e não tenho, com isso, nenhuma pretensão de
promover debates religiosos. O respeito, acima de tudo!
A web, os dicionários teológicos e muitos e
renomados doutores podem explicar mais detalhadamente tal profundidade. O que
pretendo sim é apenas realçar o sentido do Sagrado que incuti no tema e faz
parceria da Inclusão, meus assuntos prediletos.
Pessoalmente, em qualquer hora, lugar ou
situação, falo sempre da Bíblia, assim como falo da Vida. Ambas são
indissociáveis, inseparáveis. Não dá para falar de uma sem fazer menção à
outra. É pura simbiose! É nossa genealogia, nossa ancestralidade. Povo sem
história é como História sem povo: não existe
O conceito a que me refiro é a profunda ligação
da Bíblia com a Vida e vice versa. Isto que é o sagrado: a relação de uma
História (com H maiúsculo mesmo) que acontece há milhares de anos, por
gerações, numa relação divina versus humana, em clima de amor, paixão e
reciprocidade criativa que gera vida e se perpetua por séculos, ainda hoje.
Quem crê, vive isso.
Resumindo: é a fé que se concretiza na crença de
um Deus que crê no homem e investe nessa parceria, enquanto o homem crê nesse
Deus que o ama “desesperadamente, loucamente” e também corresponde à parceria,
mesmo que infimamente, dada suas limitações e fraquezas.
Se me é permitido melhor explicar isto em
“parábolas”, faço então uma alusão ao filme: “Tenha Fé”, produzido em 2000.
Relata a amizade cultivada desde a infância entre dois amigos, um sendo padre e
o outro, rabino, cujos papéis são representados pelos brilhantes atores Edward
Norton e Ben Stiller, respectivamente, e que chegam a se apaixonar pela mesma
garota.
Simplezinho, mas cativante, adoro as cenas,
vistas por vezes, em que está o rabino a celebrar em sua sinagoga (muito lindo)
e o padre em sua comunidade. Ambos falam do amor. Na missa, o padre faz sua
homilia, uma preleção sobre o que sustenta a vida do cristão, da necessidade de
se buscar Deus pela palavra, pela oração, caridade e principalmente pela Ceia, a
Eucaristia – o Ápice do Amor.
Querendo melhor explicar isto à sua comunidade,
o padre faz uma comparação com a vida atual e agitada das pessoas ali
presentes, ligando-as a um instrumento poderosíssimo: o computador, o qual
precisa de rede para se conectar. Sem isso, não tem como funcionar.
A palavra mágica é: CONEXÃO - CONECTAR-SE
Precisamos estar conectados com Deus, sempre!
Sem
Ele, somos um zero à esquerda.
(Texto extraído do antigo blog “Inclusão &
Sagrado")
Pela Inclusão e pela Vida.
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