PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

COMUNICAR, COMUNICAR...






Mas o que é mesmo comunicar?

Sobre a comunicação humana, encontrei na Wikipédia um rico conceito a respeito, entendido como um “Processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Está envolvida neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional.”

Assim entendida, a comunicação deixa transparecer a eficácia de se transmitir, receber e buscar informações, conhecimentos e ideias, objetivos e resultados. Por meio dela pode-se partilhar algo que torna-se comum pela emissão de sinais, as expressões sonoras e visuais que tem a intenção de dar a conhecer uma mensagem.

Comunicar-se promove um intercâmbio de informações entre sujeitos, de forma clara e transparente e que influencia positivamente motivando as pessoas. Que produz empatia e, consequentemente, o contágio.

Ora, decodificar uma mensagem interpretando-a, captando seus detalhes e expressões são formas positivas e necessárias de se promover a comunicação.

Entenda-se como decodificação de uma mensagem, não apenas as faladas, expressas oralmente, as audíveis, que beneficiam apenas as pessoas ouvintes. Leve-se em conta também as visuais, aquelas que se expressam pelas mãos, pelo movimento do corpo – a chamada comunicação gestual utilizada pelos surdos.

O mundo dos surdos é visual, feito de imagens onde o som não tem a predominância. Nele há duas correntes de comunicação:

- Surdos oralizados são aqueles que se comunicam pela expressão gestual dos lábios e na sua grande maioria, falam fluentemente. Na leitura labial as palavras são captadas através da leitura dos movimentos dos lábios. Surdos oralizados captam em média 50% do que seu interlocutor diz, sendo que a intuição deve completar o restante, ou seja, deve decifrar o enigma dessa comunicação, passível de acertos e de erros.

- Surdos sinalizados que se utilizam de Libras (a Língua Brasileira de Sinais) o método de comunicação gestual das mãos e que pouco ou quase nada comunicam por via oralizada.

Em ambos os casos, é necessário informar que todo entrave à comunicação deve ser abolido: mãos na boca; falar de boca cheia; falar rápido demais; microfone mal posicionado e entravando os lábios; virar de costas e falar de lado, etc.

Ainda, algumas palavras pronunciadas podem confundir pela forma idêntica na leitura, tais como “p” e “b” – pode e bode; “f” e “v” – faca e vaca dentre outras.

Por mais complexa que seja essa via, devemos crer que a comunicação é e será sempre a ferramenta de aproximação e entendimento entre as pessoas, sejam elas ouvintes ou surdas.

Num planeta com uma população que é 97% ouvinte, nós surdos esperamos que estes saibam que realmente precisamos disto!




Pela Inclusão e pela Vida!




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