Um fato
Final de ano e as conversas
mais comuns nos cumprimentos entre pessoas.
Conversando com duas delas em
momentos distintos, o mesmo assunto e as opiniões diferentes:
- Eita ano difícil, tomara que
passe logo. Certas coisas nem quero lembrar mais...
- Oi, passei para lhe desejar
um ano muito bom. Este ano foi muito bom para mim, espero que o próximo também seja
para nós!
Outro fato
Aquele repórter só tinha uma
pergunta a fazer para as pessoas que encontrava pela rua:
-
O que aconteceu de bom para você em 2017?
As respostas vinham logo:
- Minha filha nasceu;
- Encontrei um novo amor;
- Paguei uma dívida...
E por aí vai.
Enquanto assistia a matéria
pela TV, fiz-me de repórter e perguntei a mim mesma o que ocorrera de bom no
ano que ora vai terminando. Permiti que a mente navegasse ao sabor das
lembranças e dos sentimentos que afloravam, no intuito de nelas pescar fatos
positivos que pudesse elencar e, eis que uma leve sensação de desconforto foi
chegando à tona, como que dominando o cenário, trazendo à memória fatos
difíceis, dolorosos, não esperados e nem queridos e que ocorreram paralelamente
aos bons momentos vividos durante o ano.
Como um pescador que vai separando
os peixes bons dos ruins antes de seguir para o mercado, a sensação primeira cutucava
de querer suprimir as experiências amargas, colocando-as sob escanteio, de modo
que não interferisse na procura das prazerosas.
Mas suprimir para quê mesmo?
Fugir? Negar?
E daí surgiu no cenário a velha
balança de dois pesos, como que um divisor de águas, ou melhor, de equilíbrio
entre as duas correntes contrárias. Aceitei o desafio e comecei a despejar
fatos, emoções e sentimentos vividos, cada qual entre os pratos, que ora
pendiam mais para um lado que o outro.
E a velha balança chamou para
uma reflexão: Se as experiências vividas foram boas ou ruins, foram reais, é
lógico que no passado já estão. Passado é passado, nada presente. Importa é trabalhar
em cima delas, analisando por outra ótica e contexto, e há de se chegar à
conclusão que, por mais difíceis que sejam momentos da vida, sempre trazem um
aprendizado, motivo de crescimento e superação, para nosso próprio bem, para
riqueza de nossa existência e que nos impulsionam adiante.
Medos? Sim, eles existem. Mas é
para isso que existe também a Coragem!
Entra Ano, sai Ano... São todos
bons, são todos difíceis e prazerosos. Somos nós quem construímos, agregamos e
valorizamos essa beleza de VIDA!
Bora lá! Feliz Ano Novo querido
(a) leitor (a)
(Post original de 2017. Repostado com validade ao agora também)
Pela Inclusão e pela Vida!
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