Gosto de jogar num canto da
varanda as migalhas de pão que sobram na toalha. É só virar as costas e lá
chegam os pardais a ciscar. Todo santo dia.
E por ser assim, os bichinhos já
conhecem nossos hábitos que nem se incomodam com os movimentos. Vez ou outra,
aparecem também alguns bem-te-vis e sabiás atrás de algumas frutas no quintal.
Alguém já perguntou do porquê
alimentamos os pardais assim, que eles são pragas e etc...
Por que não? Aliás, não foi
Cristo quem disse que o Pai do Céu cuida de todos eles? Que custa então jogar as migalhas
que os alimenta?
Numa destas manhãs, observei que
uma mamãe pardal alimentava ali duas de suas crias. Tão escandalosos eram que se
desdobrava em colocar a comida no bico de um e outro, repetidamente à exaustão.
Satisfeitos, voaram os três.
Acredito que toda e qualquer vida
que há debaixo do céu, por mais simples e ocultas aos olhos do mundo, tem uma
razão de ser. São abençoadas e queridas por Deus.
Vejo as aves e as árvores do
quintal e meu pensamento voa. Penso na Amazônia e seus habitantes, sua fauna e
flora. Quem cuida, protege e zela por eles?
Em nossa Amazônia concentra-se a
maior biodiversidade do planeta: 40 mil
espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos e 1,3 mil espécies de aves,
cujos dados são do ICMBio. Cuidar desse patrimônio é responsabilidade de todos
nós brasileiros e latino americanos que nela vivemos, como também são
responsáveis todos habitantes do planeta, pois Amazônia interfere no clima da
terra, é patrimônio da humanidade.
Há poucos meses tivemos uma área
de 43.753 km2 da floresta destruída pelas queimadas, segundo a ONG Greenpeace,
que representou um aumento de quase 150% neste ano de 2019. E agora, vemos os
indicadores apresentados pelo INPE de que o desmatamento aumentou 29,5%, de
agosto/2018 a julho/2019. São, na realidade, 9.762km2 de destruição que,
segundo a mesma ONG, representa a cifra de 1.049 árvores derrubadas por minuto,
em um ano! É uma destruição catastrófica!
E pensar que, a cada árvore derrubada
sobre o chão, perdemos um pouco mais de água dos rios voadores que vem para o
sudeste, as benéficas chuvas que começam na Primavera, e que estão se atrasando
gradativamente...
Precisamos defender com urgência este
nosso rico bioma. Sociedade e governos tem que respeitar suas populações
originárias com suas vidas, terras e costumes; o cuidado com o solo, os rios e
a fauna local, valorizando e preservando a cultura ancestral de vida amazônica.
O reflorestamento da Amazônia é
ainda, uma grande oportunidade de geração de emprego e renda, fomentando a
coleta e disseminação de sementes, monitorando a distribuição das sementeiras,
acompanhando o florescimento e crescimento, e aplicando a conservação com
consciência e responsabilidade local e globalmente.
Lutemos pela Amazônia! Ela vale
mais Viva e em Pé!
Pela Inclusão e pela Vida
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