“Vamos fazer o elogio dos homens
famosos, nossos antepassados através das gerações. Estes, são homens de
misericórdia; seus gestos de bondade não são esquecidos. Eles permanecem com
seus descendentes; seus próprios netos são sua melhor herança...”
(Eclesiástico 44,1.10-11)
O Dia dos Avós nos recorda São
Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora e avós de Jesus. Recordamos assim
também os nossos avós e bisavós, tataravós e por adiante...
Lembrar de nossos avós, sejam eles
vivos ou que estão na glória, faz-nos ver que todos temos um passado, uma
história, melhor, uma árvore genealógica. Quanto mais conhecemos o nosso
passado, mais podemos conhecer o nosso presente, viver com intensidade nossa
história e projetá-la para o futuro.
A nossa história não começou no
dia em que fomos gerados, mas quando nossos ancestrais se fizeram sujeitos de
suas próprias histórias lá atrás, e contribuíram para que ela seguisse seu
curso. Isso que é bonito, todos temos um germe de ancestralidade que dá origem,
vigor e constância à nossa caminhada terrena.
Tanto meu avô paterno quanto o
materno eram estrangeiros. O avô Eugênio veio da Itália com a família, fugindo
da carestia à época. Já o avô Francisco veio de Portugal desbravar novas terras. Aqui conheceram minhas avós e daí a
família foi se ramificando, se entrelaçando e assentando suas bases nesta Terra
de Santa Cruz. Ambos trabalharam na terra, com café, eucaliptos, hortaliças,
dentre outros. E deixaram uma herança cuja marca é a fé, a luta e a esperança
de vencer na vida com a força do trabalho, sustentando a família e dando
impulso a seguir em frente.
A essa beleza de dom, caráter e
habilidades podemos chamar como a herança que herdamos de nossos ancestrais.
Muito mais do que posses ou riquezas, pois estas ninguém pode nos roubar e
destruir. É um germe que fica incrustado em nosso ser, é nosso testamento de
sangue.
O Papa Francisco tem uma exortação bonita a respeito. Ele cita em sua
Exortação
Amoris Laetitia 192: “ Os idosos
ajudam a perceber a continuidade das gerações. São os avós que asseguram a
transmissão dos valores aos seus netos, e muitas pessoas podem constatar que
devem a sua iniciação na vida cristã precisamente aos avós. As suas palavras,
as suas carícias ou a simples presença ajudam as crianças a reconhecer que a
história não começa com elas, que são herdeiras dum longo caminho. Quem quebra
os laços com a história terá dificuldade em tecer relações estáveis e
reconhecer que não é o dono da realidade”.
Oremos pelos nossos avós e
bisavós!
Pela Inclusão e pela Vida.
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