INCLUSÃO EM ALTA
As
principais notícias da mídia na semana:
- Papa Francisco enaltece a
juventude em seu primeiro discurso às autoridades.
-
Entre jornalistas, o Papa comenta sua
preocupação com o futuro dos jovens, do perigo de serem excluídos pelo mesmo
sistema que marginaliza os idosos.
-
No discurso da Presidente ao Papa,
trecho da sua fala: “Inclusão chama por mais inclusão”, referindo-se às
manifestações que tomaram as ruas recentemente.
-
Paratletas brasileiros se
destacam no Mundial de Atletismo na França.
***
As transparências das notícias:
- O Papa Chico, como vem sendo
chamado com carinho por muitos jovens da Jornada Mundial da Juventude, não fala
apenas por intermédio das palavras. Ele fala pelo olhar, pela humildade e
simplicidade, afeição e toques. Corajoso, não temeu deixar-se ser buscado e
tocado no meio da multidão. São gestos que ensinam. Ele que também tem uma
deficiência no pulmão, que conhece seus limites e mesmo assim vai além.
-
Impressão ou não, a Presidente disse reconhecer o poder
do povo nas ruas, principalmente dos jovens que clamam por políticas públicas
decentes para o país. Quem sabe se, talvez sua fala tenha brotado de uma
reflexão sobre seu passado de jovem militante que foi um dia, em cujo sonho
acreditou...
-
De todos os paratletas
brasileiros que disputam o mundial de atletismo, o que chamou atenção foi o
pedido de uma das atletas cegas para ir conhecer a cidade depois dos jogos.
Houve quem teve dúvida (como muitos ainda tem) sobre como guiar um cego num
giro de turismo, se ele não enxerga???
Sobre este último fato, confesso que também já vivi
situação semelhante muitos anos atrás, quando pouco sabia sobre a deficiência
visual. Recordo até a experiência que fiz num curso de acessibilidade,
sensibilidade e motivação, quando numa das etapas, os participantes saíam em
dupla para um passeio pelo enorme jardim do belo recanto onde a tarefa
consistia em um deles portar-se como se cego fosse, e o outro ser seu condutor,
guia e informante. Que deveria relatar toda a natureza local, descrevendo árvores,
água, flores, cores e objetos.
Depois da experiência de ser cego, o outro se
revezava na função de fazer o companheiro apalpar folhas, estátuas e espinhos,
tocar até besouros ou então uma lagarta, no intuito de explicar as diferenças
de cada um. Como verbalizar um sol amarelo, folha verde e estátua marrom,
quando a cor predominante ao cego só é o cinza e o negro?
Hoje, graças à Audiodescrição (descrição de todas
as informações visuais), é possível ao deficiente visual fazer não apenas
turismo, como também frequentar teatro, cinema e shows.
Inclusão é vida.
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