PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Inclusão em alta


INCLUSÃO EM ALTA

As principais notícias da mídia na semana:

  1.  Papa Francisco enaltece a juventude em seu primeiro discurso às autoridades.
  2.  Entre jornalistas, o Papa comenta sua preocupação com o futuro dos jovens, do perigo de serem excluídos pelo mesmo sistema que marginaliza os idosos.
  3. No discurso da Presidente ao Papa, trecho da sua fala: “Inclusão chama por mais inclusão”, referindo-se às manifestações que tomaram as ruas recentemente.
  4.  Paratletas brasileiros se destacam no Mundial de Atletismo na França.


***


As transparências das notícias:

  1.  O Papa Chico, como vem sendo chamado com carinho por muitos jovens da Jornada Mundial da Juventude, não fala apenas por intermédio das palavras. Ele fala pelo olhar, pela humildade e simplicidade, afeição e toques. Corajoso, não temeu deixar-se ser buscado e tocado no meio da multidão. São gestos que ensinam. Ele que também tem uma deficiência no pulmão, que conhece seus limites e mesmo assim vai além.
  2.  Impressão ou não, a Presidente disse reconhecer o poder do povo nas ruas, principalmente dos jovens que clamam por políticas públicas decentes para o país. Quem sabe se, talvez sua fala tenha brotado de uma reflexão sobre seu passado de jovem militante que foi um dia, em cujo sonho acreditou...
  3.  De todos os paratletas brasileiros que disputam o mundial de atletismo, o que chamou atenção foi o pedido de uma das atletas cegas para ir conhecer a cidade depois dos jogos. Houve quem teve dúvida (como muitos ainda tem) sobre como guiar um cego num giro de turismo, se ele não enxerga???


Sobre este último fato, confesso que também já vivi situação semelhante muitos anos atrás, quando pouco sabia sobre a deficiência visual. Recordo até a experiência que fiz num curso de acessibilidade, sensibilidade e motivação, quando numa das etapas, os participantes saíam em dupla para um passeio pelo enorme jardim do belo recanto onde a tarefa consistia em um deles portar-se como se cego fosse, e o outro ser seu condutor, guia e informante. Que deveria relatar toda a natureza local, descrevendo árvores, água, flores, cores e objetos.

Depois da experiência de ser cego, o outro se revezava na função de fazer o companheiro apalpar folhas, estátuas e espinhos, tocar até besouros ou então uma lagarta, no intuito de explicar as diferenças de cada um. Como verbalizar um sol amarelo, folha verde e estátua marrom, quando a cor predominante ao cego só é o cinza e o negro?

Hoje, graças à Audiodescrição (descrição de todas as informações visuais), é possível ao deficiente visual fazer não apenas turismo, como também frequentar teatro, cinema e shows.



Inclusão é vida.


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