PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ASSENTO AZUL


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Talvez eu devesse nomear esse post para "Alterando paradigmas". Porém, o tema citado é fruto de um longo e exaustivo processo de educação e informação ao aprendizado, que mereceu ficar com a coroa.

Mas afinal, que papo é esse hoje? Vamos lá...

Como meio de transporte, utilizo o metrô com pouca frequência e, nesses dias de férias, pude observar alguns pequenos detalhes muito frutuosos, que mereceu este comentário simples e com o intuito de fomentar ideias de forma educativa.

Refiro-me, dentre os vários sistemas de acessibilidade implantada no metrô paulistano que beneficiam idosos e pessoas com deficiência, àquele destacado assento azul, reservado preferencialmente a essas pessoas, bem como gestantes e mães com bebês. O que chamou a atenção naquela manhã, num vagão não totalmente lotado, foram alguns assentos azuis livres diante de tantas pessoas em pé. Embora o letreiro explique que aqueles assentos, quando não ocupados pelos referidos, estão liberados a qualquer pessoa, acredito que está valendo o bom senso no respeito a esse direito. Ou será que, com medo de levar algum "pito", elas prefiram a prudência ao abuso? Digo isso porque, uns cinco anos atrás, a postura das pessoas era totalmente diferente, quando não havia sequer visibilidade no trato com esses assentos, mesmo que identificados e de cor sinalizada.

Simplesmente eram ignorados, sendo necessário que algumas vezes (até já fui xiita nisso) pessoas atuantes precisassem alertar outras de que estavam ocupando um assento preferencial e que deveriam ser cedidos aos sujeitos de direito. Já enfrentei muita cara feia por isso. Melhor assim do que a omissão.

Embora nem sempre os assentos sejam respeitados, hoje, após a cena presenciada, creio que está frutificando o árduo trabalho feito em parceria do metrô e entidades de direitos de pessoas com deficiência, idosos e afins, na conscientização dos usuários para o respeito à diversidade, através de exaustiva informação e educação para a cidadania.

E, sem querer, dei-me conta que tinha voltado a atenção mais para os detalhes dos assentos que quase passou despercebida a novidade (ao menos para minha prática) nas portas do trem em que me encontrava, que por ser novo, possuía dispositivo para informar os surdos quando do fechamento das mesmas, através do piscar de luzes vermelhas, que acompanham o sinal sonoro. Legal isso, ponto para nossa segurança.

Respeito é bom, abrace essa causa!

(Artigo escrito em 2011. Três anos se passaram e, mesmo com todas as adaptações acessíveis no metrô, hoje se pode observar que a superlotação do metropolitano tem se tornado um problema tão crônico que fica difícil a garantia dos direitos. Mais uma pauta para os atuais candidatos ao governo do Estado).


Pela Inclusão e pela Vida.

  

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