“Voto não tem preço. Tem consequências!”
A “cola” para o dia das
eleições ainda está sendo elaborada. Como é difícil escolher um candidato. Um dos
indícios dessa dificuldade está no que se pode ver nesse mar de propagandas
eleitorais e o que apregoam seus sujeitos. Vou citar um: Cá na cidade tem
um candidato que está na atual vereança e pretende alçar a Assembleia Estadual.
Diz-se um legítimo filho da cidade e prega para que a população não escolha
candidatos de fora.
De um lado, dou razão quanto à
escolha de pessoas locais e conhecedoras da realidade para nos representar. De
outro, quase não vejo nenhuma ação na legislatura desse sujeito. Soa então uma incoerência
que, infelizmente, muitos caem nessa contradição.
Realmente é uma grande
responsabilidade depositar o voto na urna eletrônica. Revela o quanto somos responsáveis
pelos destinos do País para os próximos quatro anos. Se soubermos escolher bem
os candidatos, conhecendo suas histórias de vida, de luta, de transparência e
seriedade com a gestão pública, estaremos exercendo parte da nossa cidadania. A
outra parte é acompanhar e fiscalizar esta gestão!
Não podemos vender nosso voto.
Isto é crime eleitoral, é desonesto. Bom lembrar que na escolha dos candidatos,
não vale só porque ele é padrinho ou vizinho do bairro, sem antes analisar o que
ele faz em tempo real e se suas propostas contemplam em benefício do coletivo. Vale desconfiar também do candidato “veterano”,
aquele que está “sempre lá”, numa reeleição contínua como se o cargo fosse
vitalício. Essa regra, além de acomodar o sujeito, tira também a chance de
novas lideranças atuarem a favor de abertura, mudança e com transparência no cenário nacional.
Como esquecer os acontecimentos
que agitaram o país no primeiro semestre deste ano, quando o povo ocupou as
ruas clamando por mudanças socioeconômicas e políticas? Manifestações estas que surpreenderam a muitos de nós, primeiramente
“encantados” com a força com que nossos jovens tiveram a audácia de botar o
bloco na rua, mergulhados numa profunda reflexão de pensar mudanças nos
paradigmas vigentes. E que provocou, senão pânico, o tremor nos governantes
atuais, que passaram a analisar o que falar e fazer diante de tanta pressão. Que
dizer de esquerdistas, que por anos canalizaram o clamor popular, e
agora no governo com seus aliados, de aliança com oligarcas e atrelado às
velhas instituições, mostram-se incapazes de produzir resultados novos,
práticos pela qualidade de vida da população?
Um País melhor se
faz na escolha de candidatos que sejam pessoas de boa índole, combativas e
antenadas diante da realidade social e econômica vigente. Que anseiam mudanças
em benefício de necessidades do povo com educação, saúde, saneamento e segurança. Bom
lembrar aqui que, segundo a Transparência Internacional, a referência
mundial na análise da corrupção, o Brasil encontra-se na 72ª posição do ranking
mundial, o que indica um nível elevado de corrupção. Para se ter uma ideia
dessa gravidade, transcrevo a lista dos países menos corruptos, com respeito às
leis e bom senso no uso do dinheiro público, segundo o ranking da entidade:
1º lugar -Nova Zelândia e
Dinamarca;
3º-Suécia e
Finlândia;
5º-Noruega e Cingapura;
8º-Holanda;
12º-Alemanha;
19º-Uruguai;
22º-Chile e
72º-BRASIL
Como se pode ver, a lição de casa ainda está em aberto e o desafio
se apresenta aqui na questão de bem votar. Não votar em branco ou nulo, mas
exercer o direito de cidadão.
A responsabilidade é minha, é tua. É nossa!
Pela Inclusão, pela Vida e pela Cidadania!
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