Não gosto de despedidas. Quem
gosta?
Seja de pessoas, animais ou de
eventos. Pensando bem, felizmente a vida é um constante movimento que ora vai e
ora vem, então nesse vai e vem podemos ver superação e crescimento.
Hoje me refiro às avezinhas que
perambularam pelo quintal nos últimos seis meses. Quase todos se foram: os
siriris, bem-te-vis, sanhaços e sabiás. A exceção é de um sabiá-pai e os dois
filhos, que ainda rodeiam as frutas do comedouro. Porém, não creio que fiquem
por mais de uma semana.
Para onde será que vão? Por que
partem?
Quem fica sempre sente mais.
Vou sentir falta da algazarra deles nas árvores, do vai e vem o dia inteiro,
quando os galhos mais parecem pista de pouso; das brigas iniciais pela comida,
e que aos poucos as aves aprendem que tem lugar para todos, bastando esperar a
vez.
Eles sempre aparecem em agosto.
Cantam, se alimentam e namoram. Quando os sabiás param de cantar é porque tem
crianças no ninho. Daí o vai e vem aumenta a procura pelas frutas no comedouro
e minhocas nos canteiros do quintal. Não há couve ou ervas de cheiro que
resistam, pois os danadinhos revolvem tudo na procura por bichinhos, arrancando
as raízes.
Mas que importa, se há um
grande prazer em contemplar a perfeição da natureza? Quando mais eles vêm nos
apresentar os filhotes já crescidos, como que orgulhosos, dizendo: “Estamos
indo, até a volta”.
Até a volta! Até agosto.
Toda partida é dolorida, mas é
bela também. Bela porque traz sementes de esperança, do tornar-a-ver de novo. A
vida é um ciclo lindo, obra perfeita do mais perfeito Artista e Criador. Então
compete a mim, a você leitor, disseminarmos a esperança, o germe criador... Amar
e cuidar com Amor!
(Post editado em janeiro/2018. Repostado neste momento em que os sabiás ainda estão rondando o comedouro da árvore, como que se despedindo)
Até a vista!
Até a vista!
Pela Inclusão e pela Vida.
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